Talento de James Key e adaptações de Mercedes e Red Bull são aposta da McLaren

Talento de James Key e adaptações de Mercedes e Red Bull são aposta da McLaren

MCL35 é grande chance do time inglês se aproximar dos líderes da Fórmula 1

Bernardo Bercht

Laranja Mecânica busca ser mais um passo certo dos britânicos

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A McLaren é a maior candidata a incomodar as grandonas em 2020. Para isso, o novo MCL35 parece apresentar todas evoluções que James Key e cia poderiam implementar num ano de transição. Com alguns truques "inspirados" em Mercedes e Red Bull, a laranja mecânica criou seu próprio conceito para tentar voltar para valer aos pódios.

O bico de cara chama atenção, com um nariz afilado e uma linha até o cockpit que lembra muito a Mercedes. A capa frontal e o "biquinho", entretanto, são mais no espírito Red Bull. Os contornos da fixação do aerofólio dianteiro são 100% McLaren, com aletas que guiam o ar sob a suspensão em direção às aletas em frente ao cockpit.

A asa dianteira é carregada positivamente para a parte interior do carro, desviando o ar das rodas para o assoalho. É o oposto da Ferrari, por exemplo, que controla o ar para fora dos pneus.

A região central se tornou ponto chave da aerodinâmica moderna da F1 e, ali, a complexidade de linhas do MCL35 é digna de um time de ponta. As aletas "bumerangue" são um verdadeiro labirinto para aproveitar o ar na geração de downforce, redução de turbulências e, claro, sobrar um pouco para alimentar e resfriar os componentes mecânicos/eletrônicos.

Nas laterais, a McLaren faz uma aposta ligeiramente diferente dos demais, nos projetos recentes. Em verdade, é o padrão James Key, com os pontões não tão pequenos, mas esculpidos e acinturados para gerar o mínimo de arrasto sem comprometer o espaço interno, evitando superaquecimento do motor Renault e do câmbio McLaren.

A área mais compacta atrás dos radiadores cobra um preço, contudo, na cobertura do motor, que exige uma área mais gordinha de cintura para as tubulações de escapamento e elementos da suspensão traseira.

Falando em suspensão, talvez seja o ponto em que a McLaren apostou menos fichas de desenvolvimento, ao menos num comparativo com os times de ponta. Os pontos de fixação são menos elaborados de um ponto de vista aerodinâmico, mas ainda são plenamente funcionais.

Por fim, o santantônio do MCL35 tem uma proposta exclusiva da McLaren até aqui. A região centra é super fina, um feito de engenharia para aguentar as exigências de crash test da FIA. Ao mesmo tempo, tem um contorno lateral mais largo para dividir os fluxos de ar para motor, eletrônica e alimentação de combustível.


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