Van der Garde expõe "carreiras destruídas" de pilotos por desrespeito a contratos da F-1

Van der Garde expõe "carreiras destruídas" de pilotos por desrespeito a contratos da F-1

publicidade



O holandês Giedo van der Garde pode nunca marcar um pontinho na Fórmula 1 e, quem sabe, não correr mais na categoria, mas mostrou que é uma grande figura do esporte no processo diante da Sauber. Nesta quarta-feira, ele sua visão de toda a ação jurídica e seu resultado, mostrando mais clareza do que é esporte que a maioria dos chefões da categoria máxima do automobilismo... "Espero que minhas ações ajudem no surgimento de regulamentos que protejam os direitos dos pilotos. Valores de ética que se aplicam nos negócios deveriam ter o mesmo peso na Fórmula 1", destacou.

"Tenho muita sorte de ter Marcel Boekhoorn e Jeroen Schothorst do meu lado, profissionais com larga bagagem para resolver problemas complicados como este", acrescentou Giedo. "Sem eles, teria terminado com as mãos vazias como muitos outros pilotos talentosos e de boas intenções", relatou o holandês. "Eles foram quebrados pela Fórmula 1 e tiveram suas carreiras destruídas", frisou. "O que aconteceu na corte de Victoria, em Melbourne, deve servir de exemplo para que este cenário mude", projetou o piloto.

Vale destacar que, apesar do rótulo de piloto pagante, Van der Garde tinha currículo muito promissor até chegar na Fórmula 1. Foi campeão da World Series, em 2008; e acumulou seis vitórias na GP2. Números até superiores ao do brasileiro Felipe Nasr, sem analisar contexto. Já temos aí um cenário extremamente "torto" da categoria máxima do esporte, massacrando bons pilotos e ainda deixando sem perspectivas...

Para Van der Garde, restou a amargura do trabalho desfeito e compensado apenas pelo retorno do dinheiro investigo na Sauber e compensações financeiras. "Eu esperava no mínimo conseguir mostrar minha capacidade de dirigir um carro respeitável de meio do pelotão no ano de 2015. Esse sonho me foi roubado e sei que meu futuro na Fórmula 1 provavelmente acabou", lamentou o holandês.

"Tinha um contrato válido para 2015 e os direitos legais de exigir. Tentei muito forte ter este cockpit, mas a chefe da equipe estava decidida a não me deixar pilotar", afirmou. "Eu poderia ter seguido com o processo, mas ela não iria trabalhar comigo. A partir daí, o processo poderia fechar o time, estragar a abertura do Mundial e arruinado a carreira de outros dois colegas de profissão, Marcus Ericsson e Felipe Nasr. Decidi que não queria viver com aquela ideia, mesmo que a responsável fosse a administração da Sauber", explicou Van der Garde.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895