Verstappen critica formato Sprint da Fórmula 1: "Não acelerei tudo em nenhuma volta"
Holandês destacou limitações de regras, carros e componentes que obrigam administrar mesmo em prova curta
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"Eu não acelerei tudo em nenhuma volta", disparou Max Verstappen após vencer a Sprint Race do GP de São Paulo, neste sábado. Nada de soberba, o holandês estava criticando o formato da corrida mais curta, que deveria priorizar performance total, mas não funciona por conta do regulamento e dos pneus da categoria.
De acordo com o tricampeão da Fórmula 1, depois de passar Lando Norris na largada, sua Red Bull sempre esteve em algum tipo de modo de administração. "Simplesmente não é possível com essas regras", acrescentou.
Para o holandês, é "irônico que uma prova com muito menos voltas" não possibilite aos pilotos atacarem quando quiserem.
Lando Norris concordou, após chegar em segundo lugar com a McLaren. "A gente até pode falar, e temos opiniões sobre a questão, mas no fim quem tem decidido tudo são os dirigentes da FIA e dos times", afirmou.
Existem duas frentes principais que impedem que a Sprint fuja do estilo de pilotagem de uma prova convencional. A primeira é o fluxo limitado de combustível por minuto nos motores. Em nome da eficiência, os times acabam apenas tendo a potência elétrica disponível para modos mais agressivos. Só que quando usa, descarrega a bateria e precisa de várias voltas para retomar. Numa prova curta, isso é proibitivo.
O outro ponto é a borracha. Os pneus Pirelli seguem entregando um estilo de desgaste e de pilotagem que facilita o superaquecimento. Se os pilotos forçam muito os pneus macios, ficam logo sem aderência. Algo que ocorreu com a Mercedes em maior grau neste sábado. É um composto que impede consistência em níveis de alta performance, funcionando para apenas uma volta voadora, na classificação.
Juntando tudo, a Sprint acaba sendo apenas uma primeira janela de pit-stops, sem os pits. Aí, ninguém pode tentar uma tática muito diferente e todo mundo acaba restrito a administrar.