Verstappen supera o multiverso da loucura e vence GP da Austrália

Verstappen supera o multiverso da loucura e vence GP da Austrália

Holandês superou largadas ruins, passou Hamilton e fugiu do caos completo do fim de prova

Bernardo Bercht

Hamilton tentou o possível no começo da corrida

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Uma coisa muito louca aconteceu lá do outro lado do mundo. E foi uma corrida de Fórmula! Max Verstappen controlou a maior parte dela e sobreviveu ao caos do fim para vencer o GP da Austrália na madrugada deste domingo. Lewis Hamilton fez uma de suas melhores provas desde 2021 para fechar em segundo, com direito a liderar; enquanto Fernando Alonso completou o pódio depois de lutar na pista e com o regulamento debaixo do braço.

O motivo de tudo isso? Uma barbeiragem de Kevin Magnussen que gerou uma bandeira vermelha questionável a três voltas do fim. O piloto da Haas bateu no muro e arrebentou sua roda, despejando pedaços por toda a reta oposta. Talvez o melhor seria encerrar a prova ali, com menos voltas, mas a direção de prova apostou no caos. E ele veio.

A tentativa farsante de relargada acabou em dor e lágrimas na primeira curva. Carlos Sainz exagerou com a Ferrari e deu no meio do carro de Alonso. O espanhol rodou e gerou uma reação em cadeia que tiraria da prova ainda as duas Alpine, de Gasly e Ocon.

Depois de quase 40 minutos de debates, a prova retornaria com os carros sobreviventes da volta 56. Pódio mantido, com Verstappen, Hamilton e Alonso. Prejuízo total para o time francês, que viu os pontos dos seus dois pilotos ficarem para McLaren e cia, já que não tinham mais carros para a volta final sob safety car.

O que mais falar da corrida? Houve uma normal, com ação, até mais ou menos a volta 12. No começo, a grande largada foi de George Russell, que saltou para a liderança após Verstappen arrancar muito mal. Hamilton também se aproveitou, fez uma finta na freada da reta oposta e levou o segundo lugar. Encaixotado, Alonso caiu para quinto, tendo que lutar com Sainz.

Num dia normal, a Mercedes poderia tentar usar a asa móvel de seus carros na liderança para manter Verstappen atrás, ou tentar. Só que a primeira pitada de caos veio com o erro e estampada de Alex Albom no muro com sua Williams. O time alemão arriscou em trazer Russell para trocar pneus, caindo para sétimo. Em seguida, porém, veio a bandeira vermelha, com troca grátis de pneus para o resto do grid.

Com apenas Hamilton na ponta, ficou difícil defender o patrimônio na liderança. Lewis até fez sua parte, largou na frente e se manteve ali por duas voltas. Quando liberaram a asa móvel, entretanto, Verstappen foi se embora ainda na reta.

A partir daí, com todo mundo usando os pneus duros, era uma prova tática de controle de desgaste. Russell ainda deu alguma ação  e passou a turma até pressionar Alonso. Tinha corrida ali, mas o motor Mercedes abriu o bico. Sainz ainda gerou uma boa ultrapassagem entre os pontuadores ao superar Gasly, enquanto Perez escalava gradativamente o pelotão, mas sem conseguir além do oitavo lugar.

Quando a prova se encaminhava para os finalmentes, a batida de Magnussen, a confusão, etc etc. Na bandeirada, o pódio já falado, com Lance Stroll em quarto na outra Aston e Perez lucrando muito com o quinto lugar após o abandono das Alpine. E o Sainz? Pois é, foi punido pela cutucada em Alonso - que armou um barraco enorme citando a regra da bandeira vermelha para devolverem seu pódio. Assim, desabou para 12º. Com isso, Norris fez os primeiros e essenciais pontos da McLaren, seguido do valente Hulkenberg na Haas. Foi dia de inéditos, com Oscar Piastri fazendo seus primeiros pontos na F1 em oitavo. Zhou Guanyou levou a Alfa Romeo ao nono, com Yuki Tsunoda finalmente salvando um pontinho para AlphaTauri.


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