Aos 30, e sem medo de ousar

Aos 30, e sem medo de ousar

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Nem sempre a oportunidade em um novo emprego vem com o estandarte do desafio. Para o alagoano Alexandre Jucá de Paiva, 27 anos, analista de sistema da TrustSis Consultoria, de São Paulo, sua saída da empresa anterior tinha como objetivo mais do que o início de um novo projeto. "O desafio do mercado e a proposta salarial foram os motivos da minha escolha. O salário era o dobro do que eu ganhava", reconhece.
Formado em Sistema de Informação, Paiva já percorreu algumas empresas em São Paulo. "Eu fiz estágio na Braskem. Trabalhei na Big 4, que é uma empresa de auditoria, fui para a Ernst&Young e voltei para a Braskem como analista até que recebi a oferta da empresa onde trabalho atualmente", revela. O comportamento de Paiva é característico da geração Y, os nascidos entre o final da década de 1970 e meados da de 1990: estão sempre provando o seu valor e sendo constantemente desafiados. Sobre a mudança de emprego, Paiva ainda explica que quando a posição é confortável, o profissional não pensa em mudar. "Você tem que ter o comprometimento do desafio. Numa empresa estabilizada, você fica na zona de conforto e se acomoda." As oportunidades na antiga empregadora estavam estancadas por uma fila de espera, conta Paiva. "Eu via chances de crescimento, só que isso iria acontecer se fosse em efeito cascata. Se a minha chefe fosse promovida, eu também poderia ser. Tinha que um abrir vaga para o outro e isso iria demorar", relata Paiva, que ficou três anos na empresa anterior.

No atual cargo, que é de governança, gestão de riscos e conformidade (GRC), a ação de Paiva gera a integração entre as áreas contábeis das empresas para as quais presta assessoria. Agora, ele tem contato direto com os clientes. "Antes, eu era um analista sênior, mas não tinha poder de decisão. Agora, eu tenho que gerenciar o meu progresso. Levantar novos clientes e fazer a assessoria técnica", diz ele.

 

Dicas para quem busca a promoção


- Paciência: o profissional precisa se adaptar à realidade da empresa na qual trabalha e aguardar o momento certo para ser reconhecido.

- Pró-atividade: as empresas ficam atentas aos colaboradores que têm atitude e são prestativos.

- A hora certa: é importante que o profissional avalie muito bem a área e o setor em que a empresa atua. Momentos de crise podem frear promoções e contratações.

- Diálogo com o gestor: a convivência diária com o chefe pode ajudar no desenvolvimento profissional e a melhorar o relacionamento com a liderança.

- Realização profissional: o bem-estar no trabalho é essencial para o sucesso na carreira. Pessoas que estão felizes onde trabalham têm mais chances de progresso profissional.

- Aperfeiçoamento da carreira: as empresas procuram constantemente profissionais com melhor nível de especialização. Quem tiver esta qualificação, está um passo à frente.

 

Quatro fatores a serem observados antes de uma mudança


- Sobrenome empresarial - A marca que vai estar ligada ao seu nome, o orgulho de pertencer àquela organização. Os profissionais querem um sobrenome empresarial que enriqueça o seu currículo e lhe de orgulho em "pertencer".

- Projeto - Deverá ser maior ou mais rico em possibilidades do que o atual. Ninguém troca para fazer a mesma coisa ou menos. Quando isso acontece, é visando ao crescimento profissional.

- Ambiente - Cada vez mais as pessoas procuram ambientes onde se sintam bem, onde sejam acolhidas, reconhecidas, onde tenham mais autonomia e liberdade, ambientes muito autocráticos, muito fechados, com lideranças não positivas, estão sendo mais e mais rejeitados.

- Remuneração - Este item é avaliado por último, mas estraga os três primeiros se não for adequado. Praticamente todos os profissionais trocam para ganhar mais em salários e/ou benefícios. Qualquer proposta de troca deve prever incremento de remuneração, no entanto, remuneração não é suficiente para tirar um profissional de um projeto se as três primeiras variáveis não estiverem contempladas.

Fonte: RSA Talentos Empresariais

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