Oportunidades e limites do Turismo Urbano

Oportunidades e limites do Turismo Urbano

O economista e professor universitário Abdon Barretto Filho participou do Seminário Internacional Patrimônio + Turismo

Correio do Povo

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Dados da Organização Mundial do Turismo (OMT),  apresentados pelo professor Miguel Ángel Troitiño Vinuesa, catedrático e coordenador do Grupo de Pesquisa sobre Patrimônio, Turismo e Desenvolvimento da Universidade Complutense de Madrid, no Seminário Internacional Patrimônio + Turismo,  revelaram que a Espanha recebe 83 milhões internacionais e a maior parte pelo Turismo Cultural. O Brasil recebe 6 milhões e os números da participação do Turismo Cultural precisam  de mais estudos para redefinir novas estratégias a partir do Turismo Urbano Cultural. A análise é do economista e professor universitário Abdon Barretto Filho, que participou do evento. 

De acordo com Barretto Filho, as funcionalidades dos espaços urbanos são fundamentais para atrair visitantes. Exemplos como Santiago de Compostela exigiram mais de 30 anos de trabalhos contínuos. Outras cidades foram citadas como: Toledo, Sevilha,Granada, entre outras. Conforme ele, as cidades atingem seus objetivos devido à política oficial de valorização e preservação do patrimônio histórico, com controle social: a capacidade de carga de visitas é de grande importância para evitar fluxo excessivo ( "over tourism"). Dessa forma, explica, é possível atrair visitantes e estruturar limites para manter a sustentabilidade: ambiental, social,cultural e econômica.

Na avaliação do especialista, as políticas públicas dependem da gestão urbana. "O patrimônio sozinho não garante fluxo de visitantes. As cidades são diferentes e o planejamento deve ser adequado,considerando-se seus diferentes ofertas,principalmente histórico e culturais", salientou.  

Vinuesa complementou que as cidades históricas devem apresentar projetos para o futuro, sem perder suas singularidades. "Logo, os investimentos devem ser realizados no patrimônio para educar a comunidade e atrair visitantes. O grande desafio é equacionar o coletivo e o privado empresarial para definir o destino turístico patrimonial", observou. Ele destacou ainda que um plano de gestão não é o plano de preservação do  patrimônio. "Ambos devem estar sincronizados", analisou.


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