Setor de hotelaria analisa o mercado e avalia ações para se reinventar

Setor de hotelaria analisa o mercado e avalia ações para se reinventar

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Na foto, o presidente do Sindha, Henry Chmelnitsky | Crédito: Edu Andrade/ Divulgação / CP


Os sindicatos da alimentação e hotelaria do RS avaliam crise econômica e estudam ações para se reinventar. A perda de arrecadação é fator comum entre as entidades e, para os empresários, momento é de união e valorização de benefícios para manter atividades.

“Temos que ser realistas com a atual situação. Sem arrecadação, a entidade não tem como sobreviver. Precisamos de turistas, essa é a situação na região da Fronteira”. A avaliação é de Lauro Mocellin, que representa o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Uruguaiana. O cenário é reflexo do fim do imposto sindical obrigatório, uma das mudanças da Reforma Trabalhista, e foi debatido durante reunião entre os sindicatos de hotéis, restaurantes, bares e similares do Estado, na sede do Sindha - Sindicato de Hospedagem e Alimentação de POA e Região.


Entre as alternativas que as entidades patronais têm buscado estão a redução de custos fixos, como folha de pagamento de funcionários, e a geração de valor sob produtos ofertados exclusivamente para associados, como cursos, assessoria jurídica e outros benefícios. “Ajustamos as contas para sobreviver”, relatam Tomás Juchem e Wilson Paiva, representantes do Sindicato de Novo Hamburgo, que registrou queda de 70% na arrecadação.“Em termos financeiros, estamos lamentavelmente quebrados. Esperamos que a nova Rota Turística, com foco nas águas termais, movimente a região”, afirma Ademir Zarbielli, presidente do Sindicato de Erechim. Para ele, treinamentos voltados à qualificação no serviço de recepção em hotéis, por exemplo, atraem o empresariado para dentro do Sindicato.


Já em Pelotas e Santo Ângelo, a situação tem sido amena, com uma economia ainda regular, conforme indicam os presidentes Eduardo Hallal e Geovani Gisler, respectivamente. “Este é um momento oportuno para conquistas. Com novas relações de trabalho, temos que buscar agora a união empresarial”, sugere Gisler. Presidente do Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria - Região Uva e Vinho (SEGH), Vicente Homero Perini Filho enxerga a maior oferta para a categoria também como solução em meio à crise. “É prestação de serviços que devemos ter”. No Sindicato do Litoral Norte, Ivone Ferraz, fortaleceu a divulgação. “Produzimos materiais de circulação porque a ideia deve ser agregar valor aos benefícios”, aposta.


Para o presidente do Sindha, Henry Chmelnitsky, a percepção do momento é de união e novas estratégias. “A crise é comum a todos, também tivemos queda na arrecadação, enxugamos o quadro e a percepção de valor é muito baixa, por isso estamos fortalecendo a área de projetos e relacionamentos, entre outras medidas. É um momento de muito esforço, precisamos enfrentar essa fase unidos”, avalia.


Além do incentivo à realização de cursos de qualificação no interior do Estado, Chmelnitsky propôs a implementação de serviços que já têm sido aplicados na Capital, como parceria com empresas que atuam na conciliação de fluxo de caixa com operações eletrônicas (débito e crédito), e também as que oferecem solução de pagamento integrado aos estabelecimentos. A intenção é baixar custos das vantagens aos associados e ainda canalizar recursos para as entidades. Para 2019, os sindicatos de alimentação e hotelaria do RS estudam agendas pontuais com reuniões coletivas de alinhamento sobre as pautas de interesse dos setores.

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