BYD Song demonstra a evolução chinesa

BYD Song demonstra a evolução chinesa

SUV de belo design evidenciou objetividade na performance, tecnologia e conforto em 300 quilômetros de teste em estrada

Renato Rossi

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Foi um teste diferenciado que teve, além do piloto de testes de C&M, o diretor comercial da BYD, montadora chinesa líder global na produção e vendas de veículos elétricos e híbridos. O executivo Ricardo Antunes veio de São Paulo no sábado passado especialmente para o teste do Song e participar do programa Conversa de Carro, da Rádio Guaíba, às 13h30min. Às 9h, o SUV Song híbrido, a aposta inicial da BYD, já estava na BR 101, rumo ao litoral gaúcho. Um teste de estrada é sempre mais exigente em relação aos sistemas fundamentais como plataforma motor, suspensões, sistema de direção e conforto de marcha. 

O Song não é novidade na China, onde foi lançado em 2015 e se tornou grande sucesso de vendas. A versão testada, o Song Plus, data de 2020 e teve reformulações com nova plataforma e performance ampliada. Tem o belo design aerodinâmico denominado de “Dragon Face”. A China ama o mitológico Dragão, símbolo nacional. Com motores elétricos, os “dragões chineses” fazem sucesso no mundo. É equilibrado nas medidas, sem exageros. São 4.705mm de comprimento, 1890mm de largura e 1.680mm de altura, com 2.765mm de distancia entre eixos. Acolhe até quatro passageiros, em total conforto. 

O teste de mais de 300 quilômetros mostrou a objetividade do Song. É requintado no acabamento interno, ergonômico ao volante, graças ao banco anatômico com regulagem elétrica, e insere no belo painel a tela giratória de 12.8 polegadas de extrema nitidez para o avançado sistema de infoentrenimento. O Song tem um nível elevado de Inteligência Artificial que mostra no monitoramento por câmeras de 360 graus o que acontece no entorno do SUV ou abaixo da plataforma. Tem funções de auxílio ao motorista, como frenagem autônoma de emergência, assistente à linha reta, leitor de fadiga, piloto automático adaptativo e programa eletrônico de estabilidade Bosch 9.3.

Passou em segurança pela estreita e perigosa Estrada do Mar. A forte impressão do notável equilíbrio dinâmico do SUV tracionado por um motor a gasolina 1.5 com 110 hps e motor elétrico com 179hps. Há extrema rapidez nas retomadas de velocidade, através do câmbio CVT bem calibrado. A direção sensível tem esterço firme e preciso e enrijece progressivamente conforme a velocidade aumenta. Transita na linha reta sem desvio de trajetória e faz curvas com perfeição, sem oscilação demasiada da carroceria, devido à calibração da suspensão dianteira MacPherson e Multilink na traseira, adaptadas à desafiadora condição dos pavimentos irregulares do Brasil. Tem bônus para a família no porta-malas, em que cabem 574 litros. O Song desafia com sua qualidade dinâmica SUVs de grande qualidade.

A surpreendente transição para o elétrico

A Mercedes Benz realiza uma rápida e surpreendente transição da combustão para o elétrico. Surpreendente porque a marca sempre se apoiou na mitologia da alta velocidade desde os anos 1930, quando os aerodinâmicos “flechas prateadas” pulverizavam recordes de velocidade no lendário autódromo de Avus na Alemanha. A Mercedes Benz passou para a categoria de ultraluxo que, segundo o presidente mundial da marca, Ola Källenius, significa que “os nossos clientes no mundo não se importam de pagar mais por uma qualidade superior”. 

A lucratividade de mais de 4 bilhões de dólares nos primeiros quatro meses deste ano confirma que os muito ricos amam a Mercedes e pagam mais. Há motivos para isso, o que ficou evidente nos dois dias de utilização do Mercedes EQA, o SUV elétrico de porte médio. A marca utiliza as letras EQ para definir a linha elétrica. 

O EQA é a versão elétrica do excelente GLA a combustão, também testado em C&M. O “coração” do belo EQA é o conjunto com cinco módulos de baterias de íon-lítio localizado na plataforma do veículo, entre eixos. Mas os 200mm de altura em relação ao solo evitam que o conjunto de baterias fique exposto a obstáculos. 

O alumínio de alta resistência que envolve o invólucro que integra a estrutura do SUV e propicia um nível excepcional de segurança, principalmente em relação a colisões. A autonomia do EQA é de 486 quilômetros. No teste, a ida e volta ao litoral representou menos da metade da autonomia. O EQA integra sofisticada tecnologia de performance e segurança. No interior, há sóbria beleza funcional, que torna o habitáculo aconchegante e íntimo. Não há futurismo aparente no habitáculo, para que os ocupantes não se sintam alienígenas a caminho de Marte. Mas esta suavidade na forma esconde um nível superior de inteligência artificial. Por exemplo, no sistema de navegação que calcula o modo mais veloz e seguro de chegar ao destino. 

O EQA é um elétrico com elevado QI que visa à segurança e aos prazer de condução em todas as circunstâncias. Na cidade impressiona a suavidade de marcha e as instantâneas retomadas de velocidade, nunca agressivas. A engenharia da Mercedes Benz suavizou o ímpeto da corrente contínua, que em modelos elétricos já testados torna-se excessivo e pode gerar perda de controle direcional numa aceleração forte. Nos bancos dianteiros, reina a perfeita ergonomia e, no traseiro, cabem dois passageiros em total conforto. 

A performance do EQA foi pensada em termos de autonomia estendida e por isto houve a redução da excessiva potência da corrente contínua. Em um veículo elétrico a aceleração forte sempre presente significa redução da autonomia em até 40%. O EQA oferece aceleração sensível que resulta em menor gasto de energia e tempo menor de recarga. É simplesmente um dos melhores carros elétricos do mundo.


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