Gaúcha canta e encanta 100 jurados na Record TV

Gaúcha canta e encanta 100 jurados na Record TV

Jornalista, cantora e compositora Nicole Carrion retorna ao palco do "Canta Comigo" neste domingo para tentar vaga à final do reality

Luciamem Winck

Nicole Carrion disputa a semifinal neste domingo e em breve lança álbum

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A jornalista, cantora e compositora gaúcha Nicole Carrion retorna ao palco do “Canta Comigo”, da Record TV, neste domingo, às 18h, na tentativa de chegar à final da competição musical. Moradora de Santana do Livramento, ela conquistou a vaga na semifinal após levantar os 100 jurados interpretando “Asa Morena”. Em breve, Nicole lançará o álbum musical “Guria”, um trabalho que conta com oito composições, algumas autorais e outras que fizeram parte de sua trajetória. No dia 22 de julho ela realiza show no Teatro Municipal de Rivera, no Uruguai, que será seu retorno aos palcos de forma presencial. 

Como é representar o RS no “Canta Comigo”? 
É um orgulho grande levar a minha identidade para o programa, falar do meu Estado e da minha cidade em rede nacional é motivo de orgulho. Tive ótima resposta do público, tanto das pessoas que já me conheciam como das que me conheceram através do programa. 

Quando a música entrou na tua vida? 
Meus pais contam que desde muito pequena eu já demonstrava o gosto pelas artes como a música e a dança. Minhas brincadeiras de criança sempre eram fazer shows e apresentações em casa. Meus pais não são músicos, acho que a veia artística veio de alguma outra geração, mas aqui em casa sempre estava tocando música, isso fez parte da minha infância e acredito que me influenciou. Eles sempre foram apreciadores de música e também da cultura gaúcha. Frequentávamos os CTGs, e eu amava.

Tudo começou em um Centro de Tradições Gaúchas? 
Eu cantava muito em casa, escutava muitos CDs de vários artistas. Em uma oportunidade me apresentei em casa para minha madrinha Valdeci, que já tinha sido avaliadora de concursos de prenda do Estado e comentou com a minha mãe que eu era afinada e que levava jeito para a música. Com esse incentivo, em 2006 comecei a fazer aulas de música e participar de festivais no Rio Grande do Sul, passando pelos mais diversos palcos do Estado, descobrindo esse universo que passou da brincadeira para algo mais sério. Participei de importantes festivais de música, entre eles: Canto Moleque, Carijinho, Coxilha Piá, Sinuelo, Gauderiada Mirim, Califórnia Petiça, entre muitos outros, conquistando ao longo dessa trajetória mais de 150 prêmios. Com o passar do tempo percebi que a música não seria apenas um hobby, mas algo que iria investir como um propósito de vida e fui em busca. 

Como concilias o jornalismo com a canção?
Eu sempre amei me comunicar, contar histórias, conhecer pessoas, acho que o jornalismo e a música se parecem muito nesses aspectos. Me formei em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria, fui repórter da TV Campus UFSM durante dois anos. Atualmente a união da música e do jornalismo está em fazer a própria gestão da minha carreira, sendo minha assessora de imprensa, produzindo, editando e dirigindo meus clipes, lançando músicas novas e produzindo meus conteúdos. 

O que sentiste quando todos levantaram para ti?
Com a minha participação no programa, sempre busquei levar a minha identidade musical. O que eu canto no meu dia a dia e o foco principal do meu trabalho é o folclore latino-americano e a música regional, tenho essa identidade por ser de nacionalidade uruguaia e brasileira e viver em uma fronteira sem fronteiras, que é Santana do Livramento e Rivera. “Asa Morena” é uma música que sempre fez parte do meu repertório e com essa música pude mostrar mais um pouco da minha identidade, que apesar de ser uma cantora do gênero regional gaúcho, sempre gostei de cantar outros estilos, principalmente MPB. Quando o último jurado levantou e cantou comigo, foi uma emoção indescritível, acho que nunca tinha sentindo tanta coisa ao mesmo tempo, uma mistura de alívio, orgulho, felicidade e emoção.

A nota 100 representa uma maior responsabilidade para a próxima etapa do programa, neste domingo?
Apesar de sentir essa responsabilidade, vejo a participação no programa como algo muito positivo e que vai muito além da competição. É um grande passo na minha trajetória. O programa já possibilitou que muitas pessoas conhecessem a mim e o meu trabalho, com duas apresentações e indo para a terceira, tendo essa visibilidade, já me sinto vitoriosa.

Afora cantar, o que mais gostas de fazer? 
Sou uma pessoa inquieta e durante a minha vida sempre acumulei muitas atividades, e sempre precisei me esforçar para dar conta de tudo que me envolvia. Além da música e do Jornalismo eu também sou bailarina. Já participei de alguns espetáculos de teatro musical, que é mais uma das minhas paixões. Gosto muito de viajar, de dançar, de estar em contato com a natureza e com bichos.

O que esperas alcançar com a música? 
Quando eu decidi que iria me dedicar à música de forma séria e profissional e que isso seria meu foco principal eu sabia o tamanho do desafio que estava assumindo. Não é uma caminhada fácil, mas quando olho para o futuro, onde me imagino e o que espero ver e viver é divulgar cada vez mais o trabalho autoral que faço, que traz muito esse acento fronteiriço, estar sempre em constante evolução criativa, fazer shows de forma presencial em outras cidades. Eu sonho alto, mas é preciso trabalhar para realizar. 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895