Gato Galáctico: "Comecei o trabalho por amor à criação"

Ronaldo Azevedo Souza, mais conhecido como Gato Galáctico, nasceu em 23 de janeiro de 1990, em Gramado, no Rio Grande do Sul. O artista, que tem 32 anos, atualmente é um dos youtubers brasileiros mais influentes no mundo digital. Suas redes sociais, juntas, possuem entre 60 a 100 milhões de visualizações mensais.

O influencer e empresário é filho do promotor de justiça Gilberto e da dona de casa Claudia. Ele conta que residiu em diversas cidades gaúchas como Gramado, Frederico Westphalen, Igrejinha, Cachoeira do Sul e Porto Alegre. Depois, morou um tempo em Coimbra, Portugal, retornou a Porto Alegre e seguiu novamente para Portugal, mas, desta vez, para a cidade de Guimarães. Foi para os Estados Unidos e, finalmente, fixou residência em Florianópolis, onde mora com a esposa. O casal está à espera da primeira filha, que deverá nascer nos primeiros meses do próximo ano.

Como foi a escolha do nome artístico Gato Galáctico? 
A escolha foi muito orgânica, muito natural. Eu estava fazendo uma série animada para “Gato Galáctico”, onde um felino ia para vários planetas viver diversas aventuras. Esta série nunca foi lançada, mas o personagem existe até hoje, e ele é como um mentor dos meus outros personagens.

Quando contou aos seus pais que seguiria para o mundo artístico, qual foi a reação deles? 
Foi muito complicado no início. Na verdade, foi complicado até eu mostrar o primeiro cheque do pagamento. No momento em que começamos a atuar no mundo artístico é preciso mostrar os resultados, e este resultado veio através do dinheiro. Desde então, meus pais acabaram apoiando, mas no início eles não entendiam muito bem, achavam diferente e meio esquisito. A partir do momento em que obtive um bom retorno financeiro, o meu pai já não dizia para eu arranjar um emprego “normal”, porque eu já estava ganhando bem mais do que ele (risos).

Como você era na escola? Estudou até qual período? 
Eu tinha muita dificuldade para me concentrar e, no geral, achava tudo muito difícil na escola, mas acabei concluindo a graduação e estudei até o mestrado em arte e ilustração. Na faculdade tive tanto interesse em estudar e aprender, que minhas notas eram bem altas. Na minha opinião, o interesse nos escolhe, é como se fosse um dom divino, ninguém nos tira e a gente luta por ele. Fui avançando como artista e optei por não concluir o mestrado.

Como foi o início do seu trabalho como influenciador digital? 
O meu trabalho começou como criador de desenhos animados e animador, fiz diversas séries e as pessoas gostaram e foram se identificando, e queriam saber quem era o criador, queriam conhecer quem estava por trás disso tudo. Comecei a participar e a minha aparência fez sucesso, o público infantil se identificou muito e este foi o meu início como influenciador digital. 

Imaginava que este trabalho se tornaria algo tão rentável? 
Na época em que iniciei, este trabalho não era muito rentável, e comecei pelo amor à criação mesmo, que acabou virando um negócio, business, e a empresa foi crescendo. Somos uma produtora de conteúdo audiovisual de entretenimento infantil e infantojuvenil; e atualmente empregamos mais de 50 funcionários. Temos uma grande responsabilidade, pois famílias dependem da nossa empresa. Sobre a rentabilidade, acredito que vamos fechar o faturamento deste ano com ganhos acima de R$ 4 milhões. A tendência é que aumente no próximo ano, pois em 2022, o mercado publicitário se manteve congelado por diversos fatores. 

Lançamos o nosso primeiro longa-metragem “Acampamento Intergaláctico”, que está em cartaz nos cinemas de todo o país. O filme foi financiado pela Sofa Digital em parceria com a Ledafilms; a produção é da Clube Filmes e a distribuição é feita pela Synapse, selo da Sofa Digital. A partir de 17 de outubro será possível assisti-lo nas plataformas digitais.

O artista é uma atração, neste domingo, da 30ª Animextreme, no Centro de Eventos da Fiergs (Assis Brasil, 8787, Porto Alegre). Mais: www.animextreme.com.br.

* Supervisão Luiz G. Lopes