Rafael Coimbra sonha em conquistar o mundo

Rafael Coimbra sonha em conquistar o mundo

Em entrevista ao Caderno de Sábado, ator fala da atuação na nona temporada de "Reis" e sobre projetos no cinema e no streaming

Luciamem Winck

Rafael: "Todo personagem histórico, principalmente bíblico, exige estudo cuidadoso sobre o período que se passa"

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O ator Rafael Coimbra atuou na nona temporada de “Reis”, da Record, na pele de Eliel. Interpretou um israelita que trabalhava nas construções do Templo de Salomão e que se apaixona por Ashira, uma das mulheres do Rei Salomão, como quem passou a viver um romance proibido. Em breve, o carioca começa a rodar o filme “Irmãs Fox”, com direção de Wagner de Assis. Na produção, toda falada em inglês, ele dará vida a Henri, filho de Kate, uma das protagonistas. O artista de 29 anos também pode ser visto na série “How to be a carioca”, na Disney+ e no Star+

O ator ganhou destaque ao integrar o elenco da badalada série “De volta aos 15”, baseada na obra homônima de Bruna Vieira, que tem suas duas temporadas disponíveis na Netflix onde interpreta o Douglas na fase adulta. Recentemente, ele lançou o filme “Perdida”, na Disney, inspirado no livro de Carina Rissi. A produção pode ser vista no catálogo da Disney+.

Formado pela CAL (Casa de Artes de Laranjeiras), ele compôs o elenco em “Gênesis”, da Record. No teatro, atuou em diversas peças como “Natal” de Gabriel Contente e direção de Rose Abdallah, e "Pressa", de Otávio Martins e direção de João Fonseca. Já no cinema, trabalhou nos curtas metragens “Até que nossas mãos conversem”, de Matheus Benites, “Entre Velas”, da Academia Internacional de cinema e “All-In, tudo ou nada”, de Guilherme Azevedo.

Rafael, você chegou a atuar pela primeira vez no elenco fixo de uma novela em ‘Gênesis’, na Record, justamente durante a pandemia. Como foi ter feito esse trabalho? E como foi atuar diante de limitações impostas pelo período, como uso de máscaras, camarins individuais e pouca gente no set?
Eu costumo dizer que o Tito, meu personagem em Gênesis, foi um ato de resistência. Pois nossa profissão foi tão sucateada e menosprezada durante a pandemia, que estar trabalhando era SIM um ato de resistência. Pra mim, foi transformador, e acabou sendo uma experiência que abriu portas dentro da emissora, e também para outros projetos em seguida. 

Recentemente, você atuou na nona temporada de ‘Reis’, participando de uma trama muito importante em que seu personagem se envolvia em um romance secreto com a esposa do Rei. Como foi se preparar para dar vida a Eliel, seu personagem?
Todo personagem histórico, principalmente bíblico exige da gente um estudo muito cuidadoso sobre o período que se passa. Estamos falando do livro mais lido do mundo, então a responsabilidade é grande.

Como é para um ator usar a arte para tocar em assuntos tão polêmicos como o adultério?
Foi muito delicado falar desse tema, principalmente pela época que estávamos falando, pois o adultério era digno da pena de morte por apedrejamento. Então, tem um peso muito forte que precisa ser passado para o público. 

Como foi e tem sido a repercussão do público com seu personagem e toda a situação na qual ele estava envolvido?
A repercussão foi ótima, pois eu e a Carol Bresolin, que faz a Ashira, tivemos uma química muito boa, então as pessoas ficavam muito nervosas sem entender se aquilo daria certo ou não. Foi ótimo!

Atualmente, você está rodando o filme ‘Irmãs Fox’, com direção do badalado Wagner de Assis. O que pode adiantar desse projeto? E como tem sido atuar em inglês?
O que posso adiantar, é que está sendo um deleite trabalhar com o Wagner, já era fã dele antes e agora ainda mais. O filme caminha pela temática espírita assim como os sucessos que ele fez e eu tenho certeza que será mais um. Atuar em inglês tem sido uma das melhores experiências da minha carreira. Era um sonho que está sendo realizado.

Há planos para uma carreira internacional?
Com certeza! Sempre tive essa vontade. Já morei fora quando era mais novo para aprender inglês. Vamos ver onde a vida me leva! Me sinto preparado, mais do que nunca. 

O longa, inclusive, tem uma temática espírita. Você, que já fez alguns trabalhos bíblicos na Record. Como se relaciona com a fé? Leva para a vida algo que aprende nos trabalhos?
Com certeza, tanto na Record como agora no filme, tenho lido coisas tão lindas sobre a fé, que é impossível não mudar sua forma de ver a vida. 

Você também é bem conhecido por estar nas duas temporadas da ovacionada série “De volta aos 15”, da Netflix, inspirada num livro homônimo. O que esse projeto trouxe pra sua carreira? 
DV15 foi um grande presente pra minha carreira. Ela me deu um reconhecimento nessa geração Z, que é tão querida e carinhosa. Me fez trabalhar com pessoas tão talentosas que viraram minha família e me abriu portas! 

Poderemos ver Rafael na terceira temporada?
Douglas não segue na terceira, infelizmente. 

Assim como na série, você também fez o filme “Perdida”, que é baseado em uma obra literária. Como é dar vida a personagens que já existem num imaginário de leitores? É mais fácil ou difícil para se construir?
Particularmente achei mais difícil, pois ambos os projetos (e, principalmente, em Perdida), já existia um base de fãs enorme que esperava muito desses personagens. Então, a expectativa era enorme. 

Aliás, quando surgiu o interesse do Rafael Coimbra pela arte?
Costumo dizer sempre que surgiu vendo o pai do meu melhor amigo trabalhar, desde pequeno. O Hélio de La Peña, grande comediante, que me fez ver a arte com outros olhos. Esse ano realizei meu sonho que foi fazer um filme com ele: o “Perdida”! 

Quais seus sonhos profissionais para o futuro?
Tenho muitos projetos pessoais no papel, com pessoas que amo, que quero realizar! Esses são meus sonhos agora!

 


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895