Ousado, musical e polêmico

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Correio do Povo

Quentin Jerome Tarantino, roteirista, produtor, ator e diretor de cinema norte-americano, completou 61 anos de idade no último dia 27

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Depois de tratar aqui de Glauber Rocha e Spike Lee, preciso fazer uma nova referência desejada por audiência atenta. Difícil frequentar o universo audiovisual sem conhecer a figura de Quentin Jerome Tarantino, roteirista, produtor, ator e diretor de cinema norte-americano. No último dia 27 de março rompeu a barreira dos 60 anos de idade. Com dois Oscars na prateleira e muitas outras premiações, imprimiu um estilo inconfundível. Por isso e mais já se tornou até fonte de inspiração criativa para pessoas em todo o mundo. Aos 61 anos é hoje um dos cineastas mais importantes da sua geração, celebrado não só pelo público, mas também por críticos.

Emplacou gênero, fortaleceu atuações e encantou com trilhas sonoras mistas. Com “Bastardos Inglórios”, a duologia “Kill Bill”, “Os Oito Odiados” e “Pulp Fiction: Tempo de Violência” já carimbou sua forma de ver, construir e reverenciar a arte audiovisual. Uma de suas marcas é a violência gráfica, misturando ação, deboche, ironia e drama em roteiros que percorrem vários caminhos, com heróis, anti-heróis e complexos vilões. Em "Era Uma Vez em... Hollywood" fez de Brad Pitt um dublê veterano. O ex-Angelina Jolie levou um Oscar de melhor ator coadjuvante por isso. Já o ator Samuel L. Jackson deve ao diretor a oportunidade de sua brilhante interpretação como o criminoso filósofo Jules Winnfield de “Pulp Fiction”. E Calvin Candie mostrou seu talento também, graças à escolha do diretor, mesclando “sadismo e soberba” na pele de Calvin Candie, em "Django Livre". Verdade que Tarantino bebeu de muitas fontes, desde sua infância passando horas com VHSs da locadora de vídeo. Acumulou olhares. E soube usar as referências. Estamos agora aguardando o próximo filme, que seria batizado de "The Movie Critic", e segundo o diretor, seria seu último filme a realizar. Ou não!


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