A liberdade sob ataque

A liberdade sob ataque

Liberdade está sob ataque no Brasil

Guilherme Baumhardt

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Veículos brasileiros de imprensa estão sob censura ou ameaça de cerceamento das atividades. Rádio Jovem Pan, Revista Oeste, entre outros. Jornalistas já foram presos por expressarem opinião. Um deputado federal, que tem a prerrogativa legal da imunidade parlamentar, é alvo de perseguição judicial promovida por um magistrado (?) da mais alta instância do país. Perfis privados, em rede sociais igualmente privadas, correm sérios riscos de serem banidos, a pedido do PT (Partido da Tirania?) – sob o frágil argumento de que propagam desinformação, quando na verdade a maioria têm caráter opinativo.

Um documentário do Brasil Paralelo teve a veracidade do seu conteúdo reconhecida por ministros (?) de uma corte superior, e mesmo assim o material foi retirado do ar. O crime? “Desordem informacional”, que não passa de um arremedo, uma invenção, coisa de pândegos que ostentam uma caneta poderosa nas mãos, mas algo de pouco valor no topo da coluna vertebral. Outro vídeo que seria lançado pelo mesmo Brasil Paralelo já sofre censura prévia. Falta pouco, muito pouco para nos transformarmos em Cuba ou Venezuela – ditadura que na semana passada fechou 46 emissoras de rádio no país.

Diferentemente do que ocorre na maior parte das ditaduras, quando a tirania é imposta pela força das armas, a ditadura brasileira é fruto do conluio entre uma Suprema Corte que há muito tempo não dá a mínima para o rito legal, cujos ministros rasgam sistematicamente a Constituição, aliados a um grupo político que aprendeu muito bem as lições da frase frequentemente atribuída a Lênin, o líder déspota e tirano da revolução soviética: “Acuse-os do que você faz, chame-os do que você é”. “Bolsonaro é um perigo para a democracia”, dizem eles, solapando dia após dia as nossas liberdades individuais.

Outra lição importante, mas valiosa, nos ensina que baixar a guarda não é uma opção: “O preço da liberdade é a eterna vigilância". Se o autor é Thomas Jefferson, um dos fundadores dos Estados Unidos, ou o orador irlândes John Philpot Curran, pouco importa. O que realmente interessa é que ali existe um pilar, um alicerce para qualquer nação desenvolvida.

Se o preço de liberdade é alto, qual o custo da ingenuidade ou da omissão? Quem aí acredita que o MST se transformou em um cordeiro? Um movimento historicamente bandoleiro, que chocou o mundo ao destruir lavouras, eliminar rebanhos, colocar abaixo centros de pesquisa e até matar? Impossível esquecer do cabo Valdeci de Abreu Lopes, degolado em praça pública. Quem aí acredita que Guilherme Boulos deixará de defender a invasão de propriedade privada, como sempre fez?

Não há, na história, nação que tenha se desenvolvido sem que dois princípios básicos tenham sido respeitados: liberdade e propriedade privada. São eles os grandes combustíveis para o crescimento econômico, para a geração de riqueza. E é simples. Você que está lendo estas linhas investiria seu esforço, seu suor, em algo que mais dia, menos dia deixaria de ser seu? Duvido. Ninguém o faria. E é por isso, não por outras razões, que o dinheiro e os investidores buscam locais seguros, onde geram divisas, empregos, renda.

STF e TSE se transformaram em puxadinhos do PT, da esquerda e de uma parcela da mídia que ainda não entendeu o óbvio: amanhã, se não houver freio ou reação, serão eles os alvos do cala a boca coercitivo. Os passos que ainda nos separam do total cerceamento das nossas liberdades dependem da decisão do eleitorado brasileiro, no domingo, dia 30 de outubro. As opções são claras. Um presidente e candidato à reeleição um tanto boquirroto e por vezes mal-educado, mas que garantiu liberdade plena; e um sujeito que estaria preso, não fosse uma Suprema Corte que tem dobradiça na espinha, um sujeito que volta com sangue nos olhos, prometendo o Brasil Maravilha, mas com o receituário perfeito para nos levar ao buraco – tal qual nossos vizinhos sul-americanos liderados pela esquerda. Nunca foi tão fácil escolher.


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