Barbárie

Barbárie

Conflito Hamas-Israel e Outras Questões Globais.

Guilherme Baumhardt

publicidade

Durante alguns dias pairou a dúvida: é verdade ou não que os terroristas do Hamas decapitaram bebês, nas comunidades israelenses invadidas? O simples fato de imaginar que alguém possa fazer isso já provoca repulsa e embrulha o estômago. Pelo mesmo motivo, o próprio governo israelense evitou ao máximo a divulgação de imagens da selvageria. O fato havia apenas sido relatado por oficiais das Forças de Defesa de Israel e por profissionais de imprensa, em meio à cobertura da contraofensiva. Agora é oficial: sim, bebês tiveram suas cabeças cortadas pelos jihadistas.

Reflexos

Ao longo das últimas décadas, em meio a movimentos migratórios, países europeus cederam à patrulha de políticos e movimentos de esquerda, e deixaram de lado valores tipicamente ocidentais: liberdade, respeito às mulheres, entre outros. O resultado disso foi um terreno fértil para o avanço do ódio religioso. Na França, o governo pagava para que donas de casa (muçulmanas, na sua maioria) “cuidassem” de crianças que não conseguiam vagas no sistema público de ensino. Crianças que, não raras vezes, eram bombardeadas por discursos antissemitas ou anticristãos. Ainda na Europa, mulheres passaram a ser agredidas nas ruas por homens oriundos de países islâmicos e nada era feito. A covardia e a omissão agora mostram suas garras, com jovens defendendo o terrorismo do Hamas em pleno território europeu.

Incêndios

Sabe-se desde sempre que este é o período do ano em que a região amazônica sofre com as queimadas. É histórico, há uma tentativa de evitar que o problema se agrave e que o fogo se alastre para regiões onde há moradias. O mesmo ocorre em outras regiões do planeta, como a Califórnia (Estados Unidos) e em países da Europa (Portugal, Espanha etc) e na Oceania (Austrália).

Ah, a imprensa

Desta vez, a coisa se gravou tanto que Manaus, a capital do Amazonas, ficou coberta pela fumaça, cobrindo edifícios e tornando o ar quase irrespirável em alguns momentos. O ponto, para o qual o leitor – inteligente que é – sabe a resposta, é: pare por um minuto e imagine se ainda estivéssemos sob governo Jair Bolsonaro. O estardalhaço que seria produzido pelos veículos da grande mídia seria ensurdecedor e, claro, a culpa seria do governo incendiário, fascista, nazista, negacionista, dentista, taxista e monopolista.

Inflação

O IPCA (índice oficial do país) ultrapassou a marca de 5% no acumulado dos últimos 12 meses. Trago o dado do IPCA com um pé atrás e algum grau de desconfiança, desde as alterações no comando da instituição. Fato é que a alta dos combustíveis explica, em parte, a alta de preços. Notícia ruim: o índice deveria ser maior, já que a Petrobras abandonou a política de paridade com o mercado internacional e há defasagem nos preços internos. A tensão envolvendo os terroristas do Hamas e Israel deve jogar o valor do barril para patamares ainda mais altos, especialmente se países do entorno entrarem direta ou indiretamente no conflito.

Remédio

Qual seria a solução ideal para evitar uma inflação galopante? Aquela adotada no governo passado, com a redução da carga tributária. O petismo fará isso? Esperem sentados, em cadeira confortável e, de preferência, reclinável. Lula e Haddad amam impostos e vivem para enfiar a mão no meu, no seu, no nosso bolso.

Semancol

Eu evito escrever ou falar sobre o sujeito, porque a importância dada a ele não corresponde ao que ele é capaz de entregar. Falta-lhe conteúdo. Mas a Folha de S. Paulo resolveu entrevistar o valente Felipe Neto, que revelou: o youtuber chegou a elaborar um plano de fuga do país, durante o governo Jair Bolsonaro. Ele temia ser preso e por isso pensou em deixar o Brasil. Isso me lembra outro sujeito cuja importância é, também, superestimada pela mídia (talvez esteja aí uma das razões do nosso atraso), o ex-BBB Jean Wyllys, que se “exilou” (segure o riso) durante o governo passado. Episódios assim – em que há nítida ausência de Semancol – servem para mostrar que, na hora de escolher seus referenciais, Banânia parece ser um carro cujo câmbio tem apenas marcha à ré. No quesito vanguarda do atraso, somos campeões.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895