Cuba

Cuba

Cuba não tem como pagar a dívida e pediu flexibilidade ao governo brasileiro.

Guilherme Baumhardt

publicidade

Lula viajou a Cuba para reencontrar amigos e fingir, mais uma vez, que não enxerga a ditadura socialista existente na ilha presídio há mais de 60 anos. O palanque ambulante também pretende retomar as relações com o país, congeladas desde o governo Jair Bolsonaro, que cansou da inadimplência dos caribenhos. Lula ouviu um clamor: Cuba não tem como pagar a dívida e pediu flexibilidade ao governo brasileiro. Quem aí duvida que, em breve, estaremos injetando novamente grana nos cofres da ditadura? Já fizemos isso com obras (Porto de Mariel) e com programas de governo (Mais Médicos). É apenas questão de tempo e encontrar um caminho para que o meu, o seu, o nosso dinheiro vá para nunca mais voltar.

Piada de mau gosto

Uma das varas da Justiça do Trabalho de São Paulo condenou a empresa Uber ao pagamento de R$ 1 bilhão por danos morais coletivos. A decisão ainda obriga a plataforma a contratar todos os motoristas com carteira de trabalho. Não é a primeira vez que absurdos assim são produzidos em Banânia, decisões que foram depois derrubadas em instâncias superiores. Caso a excrescência prospere, não é preciso ser administrador de empresas para saber o desfecho do caso. A Uber deixará o Brasil, ao mesmo tempo em que motoristas e usuários perderão o trabalho e uma opção de transporte.

Fábrica de absurdos

O STF deu início ao julgamento dos invasores dos prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro. O primeiro condenado, segundo voto do relator Alexandre de Moraes, levou 17 anos de prisão. O ministro enxergou mais, muito mais do que uma invasão e destruição de patrimônio público. Moraes viu a abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa. Bem, não há na História qualquer golpe sem uso de armas, tanques ou canhões. Se adotarmos como parâmetro o voto do ministro, o Brasil estaria inaugurando uma nova era, vanguardista e inovadora: a derrubada de um governo pela quebra de vidraças e cadeiras.

Exagero...

Não se tem notícia, no Brasil, de qualquer condenação contra o ativista-extremista-esquerdista francês José Bové, especialista em destruir centros de pesquisa e lavouras. Mesmo na Europa, onde Bové já desfilou seu talento em prol da ignorância, as penas para depredação foram meses de detenção. Seu amigo brasileiro, José Stédile, que integra o MST – também especialista em desrespeitar propriedade privada – anda por aí, livre, leve e solto. Em maio de 2017, um grupo de esquerdistas depredaram prédios na Esplanada dos Ministérios. Não houve nenhuma condenação. A pena defendida por Moraes a um dos homens que invadiu edifícios dos Três Poderes é similar a de Elize Matsunaga, que matou e esquartejou o marido. Ela foi condenada a 16 anos de prisão, pelo Superior Tribunal de Justiça.

...dos exageros

Mesmo que você tenha o mais alto grau de ojeriza ao verde e amarelo, mesmo que você tenha zero simpatia com o bolsonarismo, por uma questão de honestidade intelectual, é preciso reconhecer o óbvio: uma pena assim não passa de um exagero injustificável e que está longe de qualquer senso de justiça.

Injeção de ânimo

O desembargador aposentado Sebastião Coelho teve a coragem de dizer aos ministros do STF o que muitos brasileiros gostariam. A manifestação do agora advogado (disponível nas redes) serve para renovar esperanças e mostra que ainda há gente no Brasil com coragem e sem dobradiça na espinha.

O sistema responde

O Conselho Nacional de Justiça não esperou mais do que um dia para abrir investigação contra Sebastião Coelho, determinando, inclusive, a quebra de sigilo bancário do antigo desembargador. O leitor já sabe: as “instituições estão funcionando”, eles dizem.

Mourão reage

Durante a semana, o senador pelo Rio Grande do Sul, Hamilton Mourão, usou a tribuna para peitar o ministro Alexandre de Moraes: “O Estado de Direito vem sendo violentado no Brasil. Nós hoje somos submetidos diariamente a decisões por uma única pessoa, que não recebeu nenhum voto Diz-se que o preço da liberdade é a eterna vigilância. Existe direito à livre expressão, opinião e crítica no nosso país? Se criticarmos determinadas autoridades, hoje, corremos o risco de no dia seguinte a polícia bater na nossa porta”.

Dentro do sistema de pesos e contrapesos, cabe ao Senado (a Constituição brasileira ainda está vigente?) estabelecer freios a eventuais abusos e excessos do STF.

Já nos Estados Unidos...

Um Tribunal de Apelações dos Estados decidiu que Joe Biden e o Centro de Controle de Doenças violaram a Constituição do país durante a pandemia, ao apagarem ou suprimirem publicações em redes sociais com posicionamentos críticos ou contrários ao lockdown e vacinas, por exemplo. A 1º Emenda garante pleno direito à liberdade de expressão.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895