Guardem as carteiras!

Guardem as carteiras!

Guilherme Baumhardt

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A presidente de Honduras, Xiomara Castro (esposa do protoditador Manuel Zelaya), anunciou lépida e fagueira que virá para a posse de Lula, no dia primeiro de janeiro. E, com outras palavras, disse o seguinte aos brasileiros: preparem as carteiras, abram as guaiacas, porque vocês vão assinar o cheque. A encomenda hondurenha está pronta: a construção de barragens, que serão obviamente financiadas pelo pagador de impostos brasileiro.

Xiomara Castro só não bateu o colega argentino, Alberto Fernández, o mais rápido, o mais ágil, o primeiro a buscar as gordas tetas brasileiras. Mal terminou o segundo turno e o poste kirchnerista já estava no Brasil, pronto para abraçar Lula. Coisa de quem está desesperado, cheio de contas para pagar, sem dinheiro e com a inflação ultrapassando a marca de 100% ao ano. Ou seja, um dos maiores festivais de incompetência administrativa já visto.

A vinda de Fernández despertou tanto otimismo nos hermanos que o presidente do país vizinho autorizou a compra de um novo avião, um Boeing 757 – maior, inclusive, do que o Airbus presidencial brasileiro. O custo da brincadeira? Algo em torno de 25 milhões de dólares (ou 130 milhões de reais). Tudo isso ao mesmo tempo em que os argentinos atingem o menor consumo per capita de carne bovina dos últimos 100 anos. Logo eles, que ostentam a fama de carnívoros e donos dos melhores rebanhos do mundo. E vale lembrar: na campanha em que saiu vencedor, Fernández também prometeu “un asadito” aos eleitores, engodo equivalente ao “picanha e cervejinha” que aplicaram no eleitorado brasileiro.

O L. nem assumiu e a fila já se formou. Aos que não lembram, recordar é preciso. Durante as gestões lulopetistas, doamos uma refinaria para a Bolívia, do cocaleiro Evo Morales; explodimos o valor pago pela energia de Itaipu ao Paraguai, na época do esquerdista Fernando Lugo; despejamos uma montanha de dinheiro via programa Mais Médicos no regime castrista, além de dar de presente um porto marítimo para Cuba; bancamos as obras do metrô da capital venezuelana, de Hugo Chávez e Nicolás Maduro; além de um sem-fim de dívidas perdoadas com nações africanas e outros absurdos produzidos à época.

Se quiséssemos realmente ajudar estes países, o melhor caminho seria estabelecer acordos comerciais, transacionar, aumentar o volume de negócios, entre exportações e importações. Mas como isso demanda trabalho, esforço e mérito, o melhor mesmo para esta gente é fingir que a coisa é séria. Há deboche maior do que prever em contrato charutos cubanos como garantia de pagamento, em caso de inadimplência? Se bobear, vamos criar uma estatal para vender esse negócio por aqui. Que tal uma "CharutoBrás?"
Não dá ideia, Guilherme, não dá ideia!

Faz o L!

A Bloomberg, um dos canais mundiais de informações sobre mercados e economia, estampou a seguinte manchete: “Brasil descola de emergentes e fica de fora do maior rali desde 2016”. Na linha de apoio, o tamanho da tragédia: “Índice de referência de países em desenvolvimento acumula alta de 14% em novembro, enquanto o Brasil cai 6%; risco fiscal afasta investidores”. É apenas mais uma das notícias ruins produzidas por um único ator: Lula. Todos os sinais (todos!) são na direção do populismo, da irresponsabilidade fiscal, da gastança, da interrupção das privatizações, da ausência de reformas ou a reversão das que foram efetivadas, como a trabalhista. E o ministro da Economia (ou Fazenda) sequer foi anunciado.

Mais uma

“PIB do Brasil cresce no terceiro trimestre e atinge maior nível desde 1996” foi um dos destaques da imprensa nesta sexta-feira. Como dizia Roberto Campos: “O Brasil não tem a menor chance de dar certo”.

Ação

A Sociedade de Engenharia do Rio Grande do Sul divulgou uma dura nota, cobrando ação dos congressistas e, também, das Forças Armadas, diante dos abusos cometidos pelo Supremo Tribunal Federal. Efetivamente, a entidade não tem poder para nada, mas é mais uma voz que se levanta contra os excessos de Alexandre de Moraes e outros togados – e aí incluo aqueles que silenciam diante da tirania.

Reação

Tarso Genro foi às redes sociais para criticar o posicionamento da Sociedade de Engenharia, chamando os signatários da nota de “golpistas desavergonhados” e “subversivos fascistas”. Tarso, além de ter sido o pior governador da história do Rio Grande do Sul, tem na estante outros dois troféus. Foi ele o protagonista do caso dos boxeadores de Cuba, que tentavam fugir da ilha presídio, mas foram devolvidos aos Castro sob a batuta do então ministro. Foi Tarso, também, quem deu guarida a Cesare Battisti, terrorista e assassino italiano. São dois episódios que jamais devem ser esquecidos, nem que sirvam apenas para colocar a opinião de Tarso Genro sobre o assunto onde ela merece estar: a lata do lixo.


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