Imagens...

No dia 14 de junho, o aeroporto de Roma foi palco de um quiproquó ainda não totalmente esclarecido, envolvendo o ministro do STF Alexandre de Moraes e seu filho, com o empresário brasileiro Roberto Mantovani, o filho e a nora. As imagens das câmeras de segurança seriam o melhor caminho para jogar luz sobre o episódio. Eis que o material é enviado ao Brasil pelas autoridades italianas e... até agora pouco se sabe sobre o que realmente aconteceu, além dos relatos dos envolvidos.

...ou a falta delas

A defesa da família Mantovani (que foi alvo de operação da Polícia Federal dias depois) solicitou acesso aos arquivos ao menos quatro vezes. Nesta semana, fragmentos do vídeo (não a imagem em movimento) foram divulgados. E conclui-se que é impossível concluir qualquer coisa. O relatório da Polícia Federal é uma pérola: “Imagens permitem concluir que Roberto Mantovani Filho e Andreia Munarão provocaram, deram causa e, possivelmente, por suas expressões corporais mostradas nas imagens, podem ter ofendido, injuriado ou mesmo caluniado o ministro Alexandre de Moraes e seu filho”.

Ora, ora, ora...

Ou as imagens são conclusivas, ou não. Se na linha seguinte o agente escreve “podem” e “possivelmente”, com todo o respeito, não há conclusão alguma, no máximo um “levam a crer”. Por outro lado, um trecho do vídeo gravado pelo próprio Mantovani mostra Moraes chamando o empresário de “bandido”. E aí, senadores, que tal convocar o ministro para esclarecer a história em depoimento no Congresso? Mexam-se.

Crime bárbaro...

Na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, um grupo armado desce de um carro e dispara contra quatro médicos que estavam em um quiosque, na avenida Lúcio Costa (beira-mar). Três morrem na hora, sendo que um deles é irmão da deputada federal pelo PSOL Sâmia Bomfim. A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga o caso.

...lacração a mil

O ministro da Justiça, Flávio Dino, já levantou a hipótese de vinculação política, pelo grau de parentesco com a parlamentar. OK, mas e os demais, que nada têm a ver com a deputada psolista? A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) atribuiu o crime ao “fascismo”. A principal suspeita até agora é de que os criminosos tenham confundido um alvo, que seria na verdade um sujeito ligado às milícias. A semelhança física entre o irmão da deputada e o pretenso alvo dos criminosos chega a assustar. Mas os apressados, como sempre, não demoraram a tornar um caso (bárbaro) em bandeira política.

Eucalipto

Na coluna da terça-feira passada, ao analisar a incapacidade de determinados líderes políticos em dar asas a novos nomes, escrevi o seguinte: “Eram ‘degolados’ aqueles vistos como uma ameaça em potencial ao domínio do cacique-mor. Há até um apelido: mato de eucalipto, ou seja, pessoas que não deixavam crescer nada sob a sua sombra”.

Esclarecimento

Mesmo que a expressão acima seja de uso popular, especialmente no interior, publico aqui trecho de um e-mail gentil, enviado ao colunista, pelo presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Luiz Augusto Alves: “Sem entrar no mérito do tema central, mas fazendo justiça ao eucalipto, os plantios favorecem a formação de sub-bosques de plantas nativas, justamente por terem crescimento rápido e capacidade de sombrear o solo. Existem mitos associados às florestas plantadas relacionados à perda de biodiversidade, consumo de água, entre outros. O setor é gerador de emprego, renda e produz matéria-prima essencial para as mais diferentes atividades da vida humana”.

Importante

Faço questão de publicar a resposta porque trata-se de um setor importante, especialmente para o Rio Grande do Sul, e que já sofreu com ataques de desinformação. O eucalipto e outras espécies similares, segundo ecologistas (e não “ecochatos”) são a garantia de que tenhamos matéria-prima, de maneira rápida e eficiente, sem apelar para árvores nativas.

Ruga

O empresário Humberto Ruga (Unidos VW) é uma referência e merece todas as homenagens. Figura sempre gentil e educada, nesta semana ele recebeu mais uma honraria, desta vez da Federasul e da Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), pela atuação à frente das duas entidades.