De volta ao Canadá

De volta ao Canadá

Jurandir Soares

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Questões familiares me trouxeram novamente ao Canadá, agora num cenário bem diferente do anterior. Se, na outra vez que vim, em julho, tínhamos longos dias, que amanheciam às 4h e findavam às 21h30min, agora o dia clareia às 9h e escurece um pouco antes das 17h. Se naquela oportunidade tínhamos muito sol e calor, agora se tem neve e muito frio. Enquanto escrevo este texto vejo o termômetro marcando zero grau. Porém, nada que um bom agasalho não permita suportar. Eu, que sou muito arredio ao frio, estou me dando bem, vim prevenido e tenho o calor dos netos para me aquecer.

A paisagem no Canadá é algo marcante, especialmente em Vancouver, extremo Oeste do país, onde me encontro. De um modo geral, o verde e vermelho, marcante da vegetação do país, dá lugar ao cinza amarelado pela queimada da geada e da neve. Porém, Vancouver, que se destaca por sua beleza, e, embora seja situada junto ao mar, está também junto à montanha por onde se estende maravilhosa floresta de pinheiros, os quais conservam o seu verde natural. Nesta época ali estão recolhidos hibernando os ursos, que no verão costumam descer até as casas, fazendo uma “visita” em busca de comida. De um modo geral eles são bem sucedidos em seu objetivo, pois já fazem parte do cenário local. Vancouver se divide entre o downtown, que é o núcleo central, e as partes Leste, Oeste, Norte e Sul, que se poderia chamar de bairros ou cidades satélites, tendo em vista que cada uma tem sua vida própria. As casas da Vancouver Norte se estendem até junto da floresta, onde há uma pista de caminhada e de corrida, onde as pessoas são aconselhadas a portar um sininho, cujo som espanta os ursos. Mas, é por essa proximidade que eles com frequência fazem visitas às casas. 

E já que estamos no frio, a sugestão é curtir os esportes de inverno e as estações de esqui, a começar justamente por Vancouver Norte onde situa-se a Grouse Mountain. Localizada a apenas 15 minutos do centro da cidade, a atração não pode faltar na lista sobre o que fazer em Vancouver no inverno. A montanha tem mais de 1.200 metros de altitude e 30 opções de pistas para esqui e snowboard, além de 14 pistas para a prática noturna. Na Grouse Mountain há três pistas para iniciantes, 16 para intermediários, sete para avançados e três para profissionais, além dos três campos para a prática livre e a área de patinação no gelo. Outra montanha sensacional em North Vancouver é a Cypress, que fica a 20 minutos do centro da cidade. A montanha oferece aos seus visitantes mais de 45 opções de percurso, vários deles com acesso noturno e 19 trilhas de cross-country. Ou seja, não é preciso ser praticante para se divertir. E outra atração permanente de Vancouver é o Stanley Park. É um parque urbano com 1001 acres de mata, que já foi eleito pelo Trip Advisor como o melhor parque do mundo. Localiza-se no centro da cidade e é quase todo cercado por água. No Natal ele ganha um colorido todo especial. Recebe mais de três milhões de luzes e fica com um visual espetacular. Para celebrar o Natal, a atração também tem passeio de trem para crianças, música e visitas do Papai Noel e seus elfos. Enfim, tudo é uma questão de saber aproveitar as belezas e as oportunidades que a cidade oferece.


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