Homo Zapiens
Luiz Coronel antecipa alguns textos do seu livro “Homo Zapiens” que será lançado terça, dia 9, no Foyer do Theatro São Pedro
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· O presente é o passado de roupa nova.
· Num segundo cabe o mundo – se for denso e for profundo.
· O Rio Grande do Sul é um estado ao sul de si mesmo. É um Uruguai que fala português.
· Sempre é apenas uma fatia da eternidade.
· O Brasil marca encontro com a História e não comparece.
· O mar é o jardim da infância das baleias. O mar é o sambódromo da lua cheia.
· Os presentes são embalagem do amor que vem dentro.
· Quem boceja, beija a noite. Quem se espreguiça, abraça o dia.
· Os ingratos são anjos com asas de morcego.
· Hospitais, hotéis e aeroportos são primos-irmãos pelos laços da solidão.
· Voar é dialogar com o silêncio e morder fatias do sol.
· O caramujo é um rádio de pilha. Só toca a canção-maravilha das ondas do mar.
· As lágrimas não são nossas. São gotas roubadas do mar.
· A paixão é um incêndio na fábrica de fogos de artifício. A paixão é um balé à beira do precipício.
· Quando venho ao teu encontro, trago nuvens nos sapatos.