Inteligência Artificial

Inteligência Artificial

Luiz Coronel

publicidade

A Inteligência Artificial

poderia ser mais natural,

qual as árvores crescem,

as crianças nascem,

pássaros voam no pantanal.

 

É trágica e cômica

a forma que ela usa 

e abusa de suas credenciais

eletrônicas.

 

Senhora das tecnologias,

invade nossas casas

sem pedir licença,

nem ao menos dá “bom dia!”

 

E nos dispensa,

faz conferências, cirurgias

num toque de magia.

 

Compõe a música que canto,

o poema que leio,

as ideias que tenho,

esse reciclado esperanto.

 

Grávidos de interrogações,

apunhalados por exclamações,

não percebemos que tudo

não passa de vírgulas.

 

Mas, lá no fundo do invento,

permitam o aparte:

há Gengis Khan e Bonaparte,

Einstein e Calígula.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895