A espera por Godot vai acabar
Montagem do texto de Samuel Beckett, com direção e adaptação de Luciano Alabarse, estreia no Teatro Oficina, do Multipalco do Theatro São Pedro, no dia 31 de março
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Duas estreias vão marcar o final deste março de 2023. A primeira será do Teatro Oficina, do Complexo Cultural Multipalco do Theatro São Pedro, com previsão de inauguração no dia 27. Logo em seguida, no dia 31, um espetáculo ganha temporada de fôlego no novo palco, seguindo em cartaz de sextas a domingos, às 19h, com ingressos a preços populares (20 e 40 reais) até 30 de abril. “Esperando Godot”, do texto do dramaturgo irlandês Samuel Beckett, será este espetáculo, com direção e adaptação de Luciano Alabarse. O elenco totalmente feminino será composto por cinco atrizes gaúchas. As vendas se iniciam em breve. As atrizes são de gerações diversas, todas com grandes espetáculos já realizados na cena gaúcha: Sandra Dani, Janaína Pellizon, Arlete Cunha, Lisiane Medeiros e Valquíria Cardoso. Um nome masculino que surpreende é o do figurinista, pois é mais conhecido por suas atuações e direção: Zé Adão Barbosa. “Há aspectos teatrais em Esperando Godot que merecem ser repartidos com o público. E eu aponto essas razões para as escolhas/reflexões cênicas que proponho. Cada uma funciona como força motriz/gatilho para a encenação. Buscar a textura desse texto verdadeiramente desafiador é o que procuramos incansavelmente. Simples e complexo, o teatro de Beckett não é fácil”, explica Alabarse. A peça se passa em região desértica, sem definições temporais ou geográficas. Uma árvore seca simboliza o mundo estéril, onde os protagonistas Vladimir (Janaína) e Estragon (Sandra), mais Lucky (Lisiane), Pozzo (Arlete) e o Menino (Valquíria) revelam as necessidades e agonias. Sem acontecimentos relevantes ou mudança, passam o tempo esperando Godot, que ninguém sabe exatamente quem é, e que adia sucessivamente o encontro. É a vida e/ou o tempo circular ou o eterno retorno nietzcheano.
