Coisa de Futuro

Coisa de Futuro

Marcos Santuario

Tradicional local da Noite dos Museus, Planetário da Ufrgs é uma das 16 instituições e espaços participantes do evento

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Foi-se o tempo em que museu era visto somente como lugar de guardar objetos, artísticos ou não, para saciar o desejo de visitações individuais ou coletivas. Hoje os museus “são para ser vividos” e não mais somente visitados. Já têm até semana especial. Celebrada desde a última segunda-feira até este domingo, a Semana Nacional de Museus chega à sua 21ª edição. Neste ano, mais de 1.100 museus de todo o Brasil estão unidos em prol de atividades e eventos que promovem o tema "Museus, Sustentabilidade e Bem-Estar". A temática do ano destaca a importância dos museus como espaços que promovem o bem-estar e a sustentabilidade, apoiando três dos tais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas: saúde e bem-estar global, Ação Climática e Vida na Terra. 


Além destas interpretações, os museus também ganharam com a contemporaneidade o conceito de interação e engajamento. Palavras hoje mais ligadas ao ambiente das redes sociais, mas que servem para conceituar também possibilidades e desejos que se incluem neste universo museológico. Mais do que ver e conhecer, o estar nestes espaços vem sendo estimulado como momento de experienciar, sentir e vivenciar sensações. Tudo ampliado pelas tecnologias disponíveis. No Rio Grande do Sul, a Semana dos Museus envolve pelo menos 125 instituições. Em uma cadeia de exposições, palestras e outras atividades interativas, a proposta de aproximar as pessoas a estes espaços se consolida do local ao global. E em vários campos.


Recentemente, Hollywood se deu conta desta importância e criou o Museu do Oscar, lá em Los Angeles. Sucesso de crítica e de público. Antes disso, o Festival de Cinema de Gramado já tinha dado o passo para criar o Museu do Festival. Ambos ligados à história do cinema, em suas latitudes também entraram na onda positiva de propiciar experiências sensoriais, gerando conhecimentos, criando memórias e estabelecendo conexões. Das pequenas comunidades às instituições internacionais, a realidade de preservar memórias e provocar o presente, construindo o futuro vai se constituindo em elemento fundamental na urgente tomada de consciência do ser e do viver.

 


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