De Cannes ao mundo

De Cannes ao mundo

Marcos Santuario

Karim Aïnouz, premiado diretor brasileiro

publicidade

Seja qual for o resultado deste final de semana da 76ª edição do Festival de Cinema de Cannes, já há vitoriosos. Entre eles, os brasileiros que mostraram este ano algo da capacidade de produzir e da potência criativa do cinema que pode ser feito aqui. Em se tratando dos longa-metragens que estiveram no festival francês, os realizadores brasileiros Karin Ainouz e Kléber Mendonça Filho mostraram um pouco desta realidade atual foram aplaudidos de pé ao final das sessões de seus filmes.

Karim Aïnouz levou para Cannes seu primeiro filme internacional, “Firebrand”, que já ganha o selo de distribuiçãoi da Paris filmes. Aïnouz, que já nos encantou com “A Vida Invisível” e “Praia do Futuro”, tem recebido muitos elogios pelo drama histórico que reuniu Jude Law e Alicia Vikander como protagonistas. De olho no principal prêmio do Festival, a Palma de Ouro, o realizador cearense produziu no Reino Unido e decidiu focar no curto casamento entre o Rei inglês Henry VIII com sua sexta e última esposa, a Rainha Catherine Parr, uma mulher singular e à frente de seu tempo que mudou os rumos da história da Inglaterra. Ainda não tem data de estreia no Brasil.

Kléber Mendonça Filho em première do documentário "Retratos Fantasmas". Foto: Festival de Cannes / CP

 

O outro já “vencedor” de Cannes é o pernambucano Kléber Mendonça Filho, que fez première mundial de seu novo filme, o intenso documentário “Retratos Fantasmas” na Seleção Oficial do Festival, fora de competição. Produzido pela sua competente parceira Emilie Lesclaux para a CinemaScópio Produções e coproduzido pela Vitrine Filmes, "Retratos Fantasmas" é o quinto longa do cineasta. Os anos de pesquisa, filmagens e montagem, tendo como personagem principal o centro da cidade do Recife como espaço histórico e humano, propõe olhar global para vivências locais. Exibido ontem e com repetição neste domingo, trata-se do terceiro projeto de Kleber Mendonça Filho na Seleção Oficial de Cannes depois de “Aquarius”, de 2016, e “Bacurau”, de 2019, codirigido por Juliano Dornelles, quando ganhou o Prêmio do Júri. Os dois anteriores fizeram premières brasileiras em concorridas e aplaudidas edições do Festival de Cinema de Gramado. Karin e Kléber seguem vitoriosos e nos orgulham.

 


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895