De Olho no Oscar

De Olho no Oscar

Marcos Santuario

Filme 'Marte Um' foi o escolhido do Brasil para a seleção de melhor filme estrangeiro do Oscar

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Foi na seleção deste ano para os longas-metragens do Festival de Cinema de Gramado que vi “Marte Um”, o filme escolhido para representar o Brasil na disputa da próxima estatueta do Oscar de Melhor Filme Internacional. Não foi difícil perceber, naquele primeiro contato com a obra dirigida por Gabriel Martins que se tratava de um filme que iria marcar época. Importante que ele tenha estreado no Brasil na 50ª edição do Festival de Cinema de Gramado. Os aplausos em cena aberta, durante minutos após a exibição no Palácio dos Festivais foi um dos sinais seguintes. Premiado com quatro kikitos – Melhor Filme do Júri Popular, Melhor Roteiro, Melhor Trilha Musical, e Prêmio Especial do Júri –, o filme voltou pra casa com a mala repleta de felicidades.
O caminho do sucesso real e imediato se deu com a escolha, por parte da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, nesta semana, de “Marte Um” escolhido pela Comissão de Seleção independente, em reunião virtual, para disputar uma indicação na categoria de Melhor Filme Internacional na 95ª Premiação Anual promovida pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences, que está marcada para 12 de março de 2023.
Dos 27 outros longas inscritos para a vaga, e dos seis selecionados, dois outros também estiveram no Festival de Gramado 2022 e puderam ser vistos na edição história dos 50 anos. “A Mãe”, de Cristiano Burlan, e “A Viagem de Pedro”, de Laís Bodanzky, também receberam muitos aplausos e críticas importantes a partir de suas exibições na serra gaúcha. Melhor ainda é saber que segundo a própria Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais a escolha de "Marte Um" para representar o Brasil no Oscar 2023 foi uma “decisão democrática e importante do júri”. O filme trata de afeto e de esperança, da possibilidade de seguir sonhando em meio a tantas dificuldades econômicas e políticas. Não há dúvida que o filme trata de sintetizar de forma criativa e contundente o cinema brasileiro. Soma de qualidade narrativa e técnica com olhar realista e repleto de humanidade. Parabéns para a Filmes de Plástico que tem trazido à luz obras que valem a pena ser vistas, vividas e difundidas. E este é só o segundo longa do cineasta mineiro Gabriel Martins. O primeiro solo, sem parceria. Imagina o que pode vir ainda por aí!


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