Ele faz a coisa certa

Ele faz a coisa certa

Em sua coluna Santuatento, o crítico Marcos Santuario lembra dos 67 anos do cineasta Spike Lee

Correio do Povo

Spike Lee (Mookie), Danny Aiello (Sal), Richard Edson (Vito), John Turturro (Pino) no filme de Spike Lee de 1989, "Faça a Coisa Certa"

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Assim como lembrei do Glauber Rocha na coluna anterior, agora aponto para outro nome fundamental do mundo da arte e do audiovisual. No último dia 20 deste mês de março foi a vez de Spike Lee completar seus 67 anos de vida e arte, que segue pulsante e criativa. O diretor de ‘Infiltrado na Klan’tem mostrado, nesta e em outras produções, seu talento indiscutível. Nascido Shelton Jackson Lee, o norte- americano Spike Lee tem construído uma sólida e aplaudida carreira de cineasta, escritor, produtor, ator e professor. Sua produtora 40 Acres and a Mule Filmworks já produziu quase 40 filmes desde 1983, com a marcada estreia do diretor em 1986 com “She Gotta Have It”. E além do longa inspirado livremente na história do policial negro Ron Stallworth que conseguiu adentrar em uma célula da fraternidade racista Ku Klux Klan a fim de investigá-la, Spike Lee tem conquistado o universo cinematográfico com outras potentes narrativas. Uma delas está em ‘Faça a Coisa Certa’, longa aclamado pela crítica que foi indicado a duas categorias do Oscar em 1990. As questões como racismo e divisão social, revisitadas insistentemente em seus trabalhos, surge aqui a partir de um conflito entre dois homens negros e um descendente de italianos que é dono de uma pizzaria no Brooklyn, em Nova Iorque . Também é essencial, em sua filmografia, ‘Mais e Melhores Blues’, indicado ao Leão de Ouro no Festival de Veneza de 1990 e com o talento de Denzel Washington, Wesley Snipes e Samuel L. Jackson, o longa é centrado em um trompetista de sucesso que deve lidar com o surgimento de um novo talento no mercado musical. E lembro ainda de ‘O Plano Perfeito’, filme de ação também com Denzel Washington, agora ao lado de Jodie Foster, Christopher Plummer e Willem Dafoe. Estes são alguns dos necessários projetos que ganharam vida nestas quase sete décadas de vida intensa e posicionada de um diretor que merece ser visto e ouvido. Respeitado já é. E muito.


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