Estado de cinema

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Marcos Santuario

- Novo longa-metragem do premiado cineasta Hsu Chien Hsin está sendo filmado em Porto Alegre.

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Abril recebe uma marca especial. No mesmo mês em que a Associação de Críticos do Cinema do Rio Grande do Sul (Accirs) faz sessão especial com as produções gaúchas vencedoras do Prêmio Accirs de melhores filmes de 2023: o longa "Casa Vazia", de Giovani Borba, e o curta "Centenário da Minha Bisa", de Cristyelen Ambrozio, lembro de uma frase atribuída a um grande cineasta gaúcho. "Entrar na sala de cinema é entrar em 'estado de cinema’". Ao que sei, a frase é do genial Jorge Furtado. Mas, aqui, a coloco em um universo fora das quatro paredes da sala escura. Os mais desavisados não devem ter percebido que o Rio Grande do Sul vem se tornando, cada vez mais, cenário de diversas produções do audiovisual. Filmes e séries ganham vida nos cenários gaúchos. E não é pensando em um exclusivo consumo interno. O alvo é mundializar conteúdos e internacionalizar narrativas e carreiras.

São muitos os exemplos de projetos que fazem "girar a roda do audiovisual", gerando empregos e renda, movimentando a economia local. Dou dois exemplos. O diretor Paulo Nascimento é um dos nomes de peso que gravou por estas bandas vários momentos de produções suas. Em Porto Alegre e em Novo Hamburgo filmou, por exemplo, cenas do longa "Ainda Somos os Mesmos". E o premiado cineasta Hsu Chien Hsin está filmando "A Banda", com orçamento inicial de R$ 3,7 milhões e rodagem até início de maio.. Além da cifra, a produção da comédia também traz para estes cenários um elenco com mais de 40 atores e, em algumas locações, com participação de cerca de 400 figurantes. Tanto Nascimento quanto Chien Hsin não são novos por estas paragens e retornam assim que podem. E há outros nomes neste cenário que me fazem crer que o RS tem mesmo a tal vocação de ser um verdadeiro "Estado de cinema".


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