Não aprecia quem não quer

Não aprecia quem não quer

Crítico Marcos Santuario destaca a qualidade da produção nacional audiovisual em sua coluna semanal

Marcos Santuario

Longa-metragem nacional "O Rio do Desejo" é uma destas grandes produções nacionais em destaque

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Ótimo apreciar nas telas dos cinemas e também nas adjacências das plataformas de streaming, uma quantidade importante de produções brasileiras disponíveis. Nas telonas estão alguns representantes da nova fase da produção nacional. Nessa relação, a gente pode encontrar nos cinemas em cartaz, hoje, trabalhos como os de Sérgio Machado, em “O Rio do Desejo” (foto); “Além de Nós”, de Rogério Rodrigues; “Medusa”, de Anita Rocha da Silveira; “Raquel 1:1”, de Mariana Bastos; “A Porta ao Lado”, de Júlia Rezende; “Mais uma Canção”, de René Goya Filho e Alexandre Derlam; “Segundo Tempo”, de Rubens Rewald; e os documentários “Quando Falta o Ar”, de Ana Petta e Helena Petta, e “Biocêntricos”, de Fernanda Figueiredo e Ataliba Benaim. 

Observando somente pela quantidade, já se pode ter noção de como a produção brasileira está pulsante. Mas o convite aqui é também para conferir a qualidade, a potência, a diversidade e o alcance de cada uma destas obras. Várias delas já aplaudidas em algumas partes do Brasil e do exterior. Sem dúvida ganhando cada vez mais espaço em outras telas também. 

E é isso que vai acontecendo quando vemos as programação do streaming. Entre filmes de ficção e documentários e séries, todos brasileiros, as possibilidades de escolha são múltiplas. Em conversa com diretores e produtores, tanto dos filmes citados aqui como outros, finalizados ou em produção, tenho constatado que a relação destes com as plataformas se amplia a cada dia. Não sem alguns atritos. Mas, é esse fenômeno, que pode ser analisado sob vários aspectos, o responsável também pela ampliação dos espaços de exibição. Consequentemente, além das telas de cinema e de veículos tradicionais, a produção audiovisual brasileira pode ser apreciada em múltiplas. Em todo lugar, ao mesmo tempo. Tudo que se queira. Não é à toa que a representatividade desta contemporaneidade esteja estampada em um dos filmes mais falados, no momento, vencedor do Oscar e que tem provocado tanta polêmica. Estamos no momento do “Tudo, em todo lugar, ao mesmo tempo, agora”.

 


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