O livro ou o filme?

O livro ou o filme?

Marcos Santuario

Imagem da capa do livro sobre Oppenheimer

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Enquanto nos cinemas a produção que trata da vida e do trabalho de J. Robert Oppenheimer vai envolvendo diversos públicos, no mundo das letras está disponível a primeira biografia completa do “pai da bomba atômica”. Oppenheimer, o brilhante e carismático físico que liderou os esforços para desenvolver uma arma nuclear em favor de seu país durante a guerra tem sua estória publicada no Brasil pela Editora Intrínseca. “Prometeu Americano: O Triunfo e a Tragédia de J. Robert Oppenheimer”, escrito por Kai Bird e Martin J. Sherwin, venceu o Prêmio Pulitzer e acabou sendo base para a produção cinematográfica. Envolvente e revelador em sua amplitude de alcance e na riqueza de detalhes, o livro da consistência à produção do cinema. 

Nas telas Oppenheimer se constitui como um filme histórico de drama, adulto e potencialmente desestabilizador. Isso graças também à mão certeira do diretor Christopher Nolan, que encarou o desafio. Ambientado na Segunda Guerra Mundial, o longa acompanha o Oppenheimer vivido com esforços de “corpo e alma” pelo ator Cillian Murphy.

A narrativa segue o físico e um grupo formado por outros cientistas ao longo do processo de desenvolvimento da arma nuclear que foi responsável pelas tragédias nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 1945. O elenco que dá energia à produção também conta com outras atuações marcantes como as de Emily Blunt, Matt Damon, Robert Downey Jr., Florence Pugh, Gary Oldman, Jack Quaid, Gustaf Skarsgård, Rami Malek e Kenneth Branagh. 

Tem momentos intensos como o encontro do protagonista com Einstein, à beira de um lago, em uma rápida conversa que só tem seu conteúdo revelado no final do filme. Enquanto isso, a audiência vai sendo levada a acompanhar os desafios, as dúvidas e as agruras de um Oppenheimer que se tornaria uma das figuras icônicas do século 20, a personificação do homem moderno enfrentando as consequências do progresso científico.

História já revelada, o criador da bomba, depois da primeira explosão no Japão, se oporia ao uso de bombas nucleares e, em especial, da bomba de hidrogênio. O livro, denso e volumoso, tem muitos outros detalhes reveladores e sem precedentes. O filme, que não consegue contar tudo, instiga e vale, também.


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