Perdas e ganhos

Perdas e ganhos

Marcos Santuario

O canal da Disney no streaming exibiu a última apresentação do cantor e compositor Elton John, nos EUA

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Com duas perdas marcantes na música, a semana vem chegando ao fim, em meio aos gritos das torcidas e das bolas certeiras nos gols da Copa do Mundo 2022. É o tal “perdas e ganhos” do título da coluna. Alguém pode pensar, “nem tanto perdas e nem tanto ganhos”. Mas sempre depende da “lente com a qual se olha o fato”. Depois de décadas de encantamento poético e musical, os dois principais artistas que morreram nesta semana deixam um legado enorme para a arte. Um deles foi Erasmo Carlos, pertencente a lista dos ícones da música brasileira, que “deixou a vida para entrar na história da música e da arte”, na última terça-feira, aos 81 anos. Erasmo muito embalou sonhos e suspiros de gerações. Quase sempre ao lado do “rei” Roberto Carlos, parceiro de vida e obra. Dias antes de morrer, o mundo pode saber um pouco mais sobre seu trabalho, quando ele foi premiado nas categorias Melhor Álbum de Rock ou de Música Alternativa em Língua Portuguesa no Grammy Latino.

No mesmo dia da morte de Erasmo, outra perda foi a do latino-americaníssimo Pablo Milanés, reconhecido como o fundador da Nova Trova Cubana, ao lado de Silvio Rodríguez e Noel Nola. Aos 79 anos e morando em Madri, capital espanhola, Pablo Milanés também encantou momentos mágicos do imaginário coletivo latino-americano com músicas como "Yolanda" e "Breve Espacio", entre muitas outras. Apesar de distanciar-se do regime cubano com duras críticas ao governo, sempre manteve uma relação próxima com seu povo por meio de sua música. Sua voz sempre foi sentida como um canto de esperança e liberdade, cuja poesia inspirou outros grandes nomes do cancioneiro do continente. Um adeus para dois craques da música, da poesia e da arte. E enquanto o mundo segue com arte, dentro e fora dos gramados, o canal da Disney no streaming exibiu a última apresentação do cantor e compositor Elton John, nos EUA. O show “Elton John: O show da Despedida”, tem participação de Dua Lipa, Kiki Dee e Brandi Carlile. E na onda de convergência midiática, o espetáculo serve como prelúdio para o recém-anunciado documentário original do cantor, “Goodbye Yellow Brick Road”, previsto para 2023, com direção de R.J. Cutler e David Furnish, e que deve revelar imagens inéditas dos últimos 50 anos do gênio.

 


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