Rumo aos 100 anos

Da forma que o tempo anda passando, logo estará sendo comemorada a 100ª edição do Festival de Cinema de Gramado. Neste sábado o evento mais marcante da Serra Gaúcha, e um dos mais importantes do Continente tem sua abertura oficial. É o momento em que a cidade que criou o evento abre suas portas para os envolvidos na indústria criativa e pulsante do audiovisual. Com a potência de exibições na tela do Palácio dos Festivais, aliada à presença marcante de parte dos mais importantes protagonistas do fazer audiovisual brasileiro da atualidade, se juntam a magia do cinema e o brilho do tapete vermelho. Com meus colegas Soledad Villamil e Caio Blat selecionamos, este ano, produções brasileiras em ficção e documentários que vão mostrar a intensidade, o talento e a criatividade presentes no cenário brasileiro. 

A arte de contar histórias e estórias se faz presente em todos os filmes, seguindo a máxima de que nosso desejo é sempre o de que “os filmes nasçam em Gramado e não que morram em Gramado”. Esse tem sido um de nossos lemas deste a edição 40 do Festival, em 2012. Lá foi que começamos um novo projeto para o grandioso e querido Festival. Rubens Ewald e José Wilker foram os parceiros nesta empreitada inicial que teve o total apoio da organização do Festival, desejosa de que a nova década viesse com novidades potentes e marcantes. Entramos na fase de selecionar longas brasileiros e ibero-americanos inéditos. Com isso o Festival de Gramado passou a ser a primeira tela brasileira de exibição das produções. Os olhos e ouvidos de toda a cadeia de produção do audiovisual começaram a estar ainda mais direcionados para o que aconteceria em cada edição do evento. Agora, uma nova década, em sintonia sempre com novas formas de produzir, distribuir e consumir audiovisual.