Telas e prêmios

Dois momentos importantes para o cinema brasileiro. Na verdade para o audiovisual brasileiro, nos últimos dias. O primeiro deles foi a realização da 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado. Com filmes em longa-metragem e em curta-metragem, o festival mobilizou o universo nacional da produção de cinema, da televisão e do streaming. Tudo com grande repercussão e efeitos imediatos, nos envolvidos diretamente nas produções e também naqueles que circundam estas realidades. Distribuidores e exibidores também estiveram de olho no que aconteceu na serra gaúcha nestes dias de agosto.

O outro evento foi o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, uma produção da Academia Brasileira de Cinema. Trata-se de uma entidade em que as pessoas se associam, pagam mensalidades e participam das votações que desembocam, por exemplo, no Grande Prêmio. A entrega de troféus e homenagens foi realizada nesta semana no Rio de Janeiro. Interessante foi ver que, os vencedores, “Marte Um” (foto) e “O Clube dos Anjos”, foram exibidos em première no Festival de Gramado. 
Quando selecionamos os dois, Dira Paes, Soledad Villamil e eu, não tivemos dúvidas sobre o potencial enorme das obras. “Marte Um” acabou sendo o longa indicado pelo Brasil para tentar vaga na competição de Oscar de Filme Internacional.

E “O Clube dos Anjos” vai arrecadando simpatia por onde passa. Além deles, outras produções e personalidades do audiovisual homenageadas no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro também revelaram suas conexões com o evento da serra gaúcha. Seja recebendo Kikitos em algumas das categorias, ou seja recebendo homenagens anteriores, como no caso de Vladimir Carvalho, reverenciado este ano no Rio e em 2006 em Gramado.