Terror em livro

Terror em livro

Marcos Santuario

O livro “Cinema fantástico brasileiro: 100 filmes essenciais” , da Abraccine, tem o filme Sinfonia da Necrópole

publicidade

No momento em que se fala de cinema fantástico no Brasil, para grande parte das pessoas, o que surge na mente é a figura do Zé do Caixão, criação de José Mojica Marins. Mas basta aprofundar o olhar e a pesquisa para verificar que existe uma filmografia extensa e de qualidade, que vai além do mais conhecido no gênero. São filmes de horror, fantasia ou ficção científica, alguns deles realizados na Vera Cruz, no Cinema Marginal, na Boca do Lixo e na Retomada. E também há produções muito mais contemporâneas, que mostram o talento de quem bebeu em várias fontes e foi criando seus próprios estilos. E é nesta linha que a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) está lançando o livro “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais”, neste domingo, na Cinemateca Capitólio. O trabalho surgiu do olhar de vários críticos que compõem a associação e, em parceria com o Grupo Editorial Letramento ganha as livrarias no país.

Apresentado no início do ano durante a 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes e também no Fantaspoa, na capital gaúcha, o livro nasce “do desejo de ampliar os estudos acerca desse gênero narrativo, com um recorte abrangente e introdutório, artigos de cunho histórico e abordagens críticas sobre esse universo”, segundo os organizadores, Gabriel Carneiro e Paulo Henrique Silva. Uma das produções apresentadas é “Sinfonia da Necrópole”, sobre a qual tive o prazer de escrever, depois de conhecer este trabalho da jovem e talentosa diretora Juliana Rojas. Ela mostrou o filme no Festival de Cinema de Gramado e colocou seu nome entre as principais promessas do cinema brasileiro na atualidade. E não é por nada que Juliana segue produzindo com qualidade. Na edição deste ano do Festival de Cinema de Berlim foi escolhida como a melhor diretora na mostra paralela Encounters, com seu novo filme “Cidade; Campo”. Orgulho nacional.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895