Veneza, greve e Oscar

Veneza, greve e Oscar

Marcos Santuario

Matheus Nachtergaele em cena do filme "Mais Pesado é o Céu"

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O cinema italiano ganhou mais destaque na edição deste ano, a de número 80, do Festival de Cinema de Veneza, iniciada na última quarta-feira, dia 30. O reforço se dá também pelo Festival estar sem as estrelas do cinema norte-americano, sempre desejadas no tapete vermelho, proibidas de circular pelo mundo das divulgações de filmes em função da greve dos atores e roteiristas de Hollywood. Sob a presidência do júri de Damien Chazelle, de "La La Land”, de 2016; e "O Primeiro Homem", de 2018, que abriram Veneza duas vezes, o apoio à greve em Hollywood estava estampado na camiseta que o próprio cineasta franco-americano usou na entrevista coletiva inaugural. É dele a função, no mais antigo festival de cinema, de administrar o universo de exibições que Hollywood usa como plataforma de lançamento antes da época de prêmios. 


Uma destas premiações, alvo do universo cinematográfico, é o Oscar. E, aqui no Brasil, a Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais anunciou a relação dos 28 longas habilitados a concorrer a uma vaga na categoria Melhor Filme Internacional. Quem esteve no Festival de Cinema de Gramado deste ano pode ver alguns deles, pois foram recentemente exibidos na serra. Entre eles estão os premiados “Tia Virgínia”, de Fabio Meira, e “Mais Pesado é o Céu”, de Petrus Cariry. Também está na lista e foi exibido em Gramado a produção de Hugo Prata “Angela”, além do filme que abriu o Festival, “Retratos Fantasmas”, de Kléber Mendonça Filho. Outras produções habilitadas também já estiveram na edição de 2022 do Festival de Gramado, como a brasiliense “O Homem Cordial”, a gaúcha “A Primeira Morte de Joana”, e a acreana “Noites Alienígenas”. Mostra de que Gramado segue em sintonia com o mais potente cinema do Brasil. 

 


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