403 dias depois, PF chega a Bolsonaro em operação por tentativa de golpe de Estado
Aliados do ex-presidente também foram alvos de ação realizada nesta quinta-feira
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Quatrocentos e três dias depois de deixar a presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de uma operação da Polícia Federal, nesta quinta-feira, por tentativa de golpe de Estado, em 2022. A ação mirou ainda outros aliados do ex-presidente e tem como base a delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.
A operação, pelo que foi divulgado até o momento, investiga uma organização criminosa responsável por atuar em tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, com acusações extremamente graves.
Fato é que a ação ocorre em um momento emblemático politicamente para o ex-presidente. Vamos listar os motivos:
- Há duas semanas a PF havia realizado uma ação policial envolvendo um dos filhos de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro.
- Desde a última semana, em especial, o presidente Lula tem se aproximado de três governadores aliados diretos de Bolsonaro: Tarcísio de Freitas (SP); Claudio Castro (RJ) e Romeu Zema (MG), em uma ofensiva fragilizando o ex-presidente.
- Bolsonaro foi considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral no ano passado, mesmo assim, era considerado um nome forte dentro do PL e no campo da direita.
- É ano eleitoral e alguns grupos do campo da direita ainda vinham no ex-presidente um nome de forte mobilização e de protagonismo. Os desdobramentos da operação podem vir a enfraquecer o seu poder político e colocá-lo no breu.
Sim, as decisões foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, tendo o emblemático nome de Tempus Veritatis (hora da verdade, em latim). A ver.