A difícil equação matemática do governo do Estado

A difícil equação matemática do governo do Estado

Sem privatizações no horizonte, Executivo pleiteia mudanças no Regime de Recuperação Fiscal para manter as contas no azul

Mauren Xavier

Segundo a secretária da Fazenda, Pricilla Santana, a expectativa é que o retorno do governo federal sobre as demandas ocorra ainda em fevereiro

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Na eleição de 2022, a discussão da situação das finanças públicas do Estado voltou a ficar em evidência. O assunto não é palatável, ao contrário, bem indigesto. Com um orçamento complexo, fruto de sucessivas decisões de diferentes governos, fechar as contas em dia é tarefa de malabarista. É verdade que a situação já foi pior. Afinal, até há alguns anos os salários dos servidores eram pagos em parcelas e os investimentos mínimos.

Reeleito, o governador Eduardo Leite (PSDB) e sua equipe estão diante de uma difícil equação matemática, como bem apresentada pela secretária da Fazenda, Pricilla Santana. Afinal, as contas estão no azul, mas como mantê-las assim?

Após a concretização das vendas da CEEE e da Corsan, o governo tem poucas alternativas de patrimônio para alienação direta e com retorno financeiros tão representativos. Em outras palavras, bens que possam ser vendidos e que o dinheiro impacte no caixa. Assim, o Estado precisa achar fontes de recursos ou, pelo menos, reduzir dívidas.

Um dos alvos é a renegociação da dívida com a União (tema antigo e controverso). Segundo Pricilla, o governo já fez os seus pedidos de ajuste ao governo federal. A expectativa é que haja uma sinalização até o final de fevereiro. Ela reconhece que não deverá ser contemplada na totalidade, mas, sim, uma contraproposta. A expectativa é que a negociação seja mais célere do que foi a da adesão ao Regime de Recuperação Fiscal. Caso contrário, a situação pode ir para o vermelho em breve.


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