Após Lula afirmar no RS que renegociação das dívidas era obrigação, pauta avança

Após Lula afirmar no RS que renegociação das dívidas era obrigação, pauta avança

Anúncio foi feito menos de uma semana após a manifestação do presidente da República de que a renegociação de dívidas era uma obrigação do governo federal

Taline Oppitz

Presidente Lula esteve no Rio Grande do Sul na última sexta-feira

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Mais um passo foi dado no processo de uma nova renegociação das dívidas dos estados com a União. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentará a governadores, na próxima terça-feira, a proposta sobre o tema que será encaminhada ao Congresso.

Segundo Haddad, o texto já tem o aval do presidente Lula. O anúncio foi feito menos de uma semana após a manifestação de Lula, durante agendas no Rio Grande do Sul, na última sexta-feira, de que renegociar as dívidas não representava um favor, mas uma obrigação do governo federal.

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Nesta quarta-feira, Lula e Haddad se reuniram com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. Já foram realizadas reuniões com os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de Minas Gerais, Romeu Zema, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. O cenário relativo ao Rio Grande do Sul é ainda mais complexo devido à adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, que precisará ser atualizado.

Nesta semana, a secretaria estadual da Fazenda publicou cartilha explicativa sobre a dívida pública com a União. Uma das solicitações feitas à União é o recálculo do Coeficiente de Atualização Monetária (CAM), com a aplicação de outra fórmula, que consideraria apenas a variação mensal dos indexadores, eliminando a comparação com a trajetória da Selic e IPCA desde 2013. A medida reduziria o saldo devedor do Estado em cerca de 15%.

A segunda parte da proposta visa resolver o futuro da dívida. Para tanto, a defesa é pelo fim da indexação dos contratos ao CAM e a aplicação simples de juros nominais de 3% ao ano. "O governo gaúcho considera essa uma solução viável e que proporcionará sustentabilidade fiscal às finanças públicas do Rio Grande do Sul. É uma maneira de acabar com o drama fiscal dos estados endividados com a União sem prejudicar as contas do governo federal", avaliou a secretária Pricilla Santana.


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