Articulações em torno do IPE Saúde marcam a semana

Articulações em torno do IPE Saúde marcam a semana

Governo deve apresentar texto a ser enviado para Assembleia nesta terça-feira

Taline Oppitz

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A semana será marcada por articulações em torno do projeto do IPE Saúde. O texto que integra sugestões das bancadas e de entidades será conhecido na terça-feira e deve ser protocolado até a quarta-feira em regime de urgência. Assim, em 30 dias a proposta passará a trancar a pauta em plenário. Até aqui o governo havia apresentado um diagnóstico e a sua alternativa de mudanças para tentar fazer frente à crise que ameaça inviabilizar o instituto, que atende mais de um milhão de gaúchos.

 A equalização é complexa. Segundo as intenções do governo, a contribuição sairá de 3,1% para 3,6%, e os dependentes passarão a pagar. Este ponto, dos dependentes, é o que gera mais resistências entre parlamentares e o que deverá passar por alterações. O desafio é enorme. O Executivo e o Legislativo têm a responsabilidade de viabilizar o IPE Saúde, tornando o instituto atrativo não apenas para os usuários, mas também para os médicos que amargam mais de uma década de defasagem da tabela de remuneração.

O cenário fica ainda mais complexo considerando a composição da Assembleia, que conta com bancadas à esquerda e à direita, em uma situação inédita. Ao contrário de seu primeiro mandato, quando contava com 40 aliados, agora Eduardo Leite (PSDB) tem 30 aliados em um grupo que ainda pode apresentar dissidentes. E ainda há a insatisfação e pressão de servidores, críticos incisivos da proposta que se negam a arcar com mais descontos devido à defasagem nos salários.


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