Atos de 7 de setembro representam desafio de manter a paz e a ordem

Atos de 7 de setembro representam desafio de manter a paz e a ordem

Com movimentos previstos para o dia, é esperado lideranças tenham a responsabilidade de não inflamar suas militâncias

Taline Oppitz

publicidade

O feriado do Dia da Independência, nesta quarta-feira, promete ser tenso. A segurança será reforçada em Brasília e em cidades consideradas com maior potencial para manifestações que possam levar à violência. Inicialmente, os atos para marcar a data foram convocados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, que chamaram a militância para ir às ruas.

O movimento é uma resposta às mobilizações em defesa da democracia, que ocorreram em diversas partes do país no dia 11 de agosto. As manifestações contaram com a leitura de cartas em favor do Estado Democrático de Direito e do sistema eleitoral. À época, no Palácio do Planalto e entre aliados do presidente, a avaliação foi a de que os eventos tiveram viés político e representaram investida exclusivamente de setores da esquerda.

Ciente de que a data poderia se transformar em palco para a direita, a menos de 30 dias do primeiro turno das eleições, em 2 de outubro, setores de esquerda também começaram a articular mobilizações em diversos estados, mas, ao que tudo indica, em menores proporções. Espera-se que lideranças de ambos os terrenos ideológicos tenham a responsabilidade de não inflamar suas militâncias e atuem para evitar confrontos, especialmente físicos.

Mas a tensão que paira no ar, a proximidade com a ida dos eleitores às urnas e a forte polarização que marca o cenário pela corrida presidencial, entre Bolsonaro e Lula (PT), serão obstáculos para a manutenção da paz e da ordem durante os atos. 


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895