Ausências de Leite do Estado não passarão em branco

Ausências de Leite do Estado não passarão em branco

Possível afastamento pode prejudicar discussão de projetos locais

Taline Oppitz

O plano envolve transformar governo de Leite em vitrine das administrações tucanas no Brasil

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O lançamento da pré-candidatura do governador Eduardo Leite (PSDB) ao Planalto em 2022 terá reflexos políticos no Estado. Caso a pré-candidatura emplaque, considerando a disputa interna que terá de ser travada com o governador de São Paulo, João Doria, que está fardado para a sucessão presidencial, Leite terá de se afastar meses antes do fim de seu mandato para dedicar-se à uma campanha nacional.

Os efeitos da pré-candidatura do gaúcho, no entanto, terão início bem antes, já nas próximas semanas. O plano envolve transformar seu governo no Rio Grande do Sul em vitrine das administrações tucanas no Brasil. Leite conta com projeção nacional, mais no centro do país, e a estratégia passa por viagens por todas as regiões, para apresentar as reformas e conquistas feitas por aqui, mas também pela necessidade e tornar o jovem pelotense, que iniciou cedo na política, conhecido em estados do Norte e do Nordeste.

Os afastamentos de Leite do Estado, e, portanto, do governo gaúcho, devem ser frequentes, e ocorrerão em meio à retomada da agenda de reformas que sua gestão pretende implementar. Uma das mais essenciais, e polêmicas, será a Reforma Tributária, que será reapresentada após o recuo forçado do Piratini em relação aos projetos sobre o tema apresentados em 2020, devido à ampla resistência, inclusive de aliados. A ausência do governador em meio às discussões e ainda no cenário imposto pela pandemia e da vacinação, pode trazer prejuízos e, certamente, não passará em branco e será explorada por adversários. 


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