Cálculos eleitorais e desentendimentos também influenciam na janela partidária

Cálculos eleitorais e desentendimentos também influenciam na janela partidária

A brecha para o troca-troca vem mobilizando dirigentes partidários que buscam reforçar as chances de um bom desempenho eleitoral

Taline Oppitz

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Desta quinta-feira até o dia 5 de abril o cenário político municipal estará movimentado. O motivo é o início do prazo da janela partidária, em que lideranças podem trocar de partido sem o risco de perda dos mandatos.

A brecha para o troca-troca, como é chamada, já vem mobilizando dirigentes partidários que buscam reforçar as chances de um bom desempenho eleitoral nas disputas de outubro, garantindo novas filiações.

Paralelamente, há esforço para evitar que os assédios de outros partidos tenham êxito e levem à baixas entre os próprios filiados. Algumas lideranças já definiram seus destinos e irão oficializar as trocas já na largada da janela. Outras, porém, apesar de terem definido seus desembarques, ainda não bateram o martelo em relação aos seus destinos.

As trocas são baseadas em eventuais desentendimentos e descontentamentos internos, mas também, e talvez principalmente, em cálculos eleitorais que podem indicar maiores facilidades nas próximas eleições. A partir do fim do prazo, em abril, serão intensificadas as definições em relação às chapas majoritárias, que incluem prefeitos e vices, mas, especialmente, as composições das nominatas proporcionais, com os nomes dos que disputarão as vagas nos legislativos municipais.

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Aumento exponencial é esperado

Segundo o presidente do Podemos em Porto Alegre, Cássio Trogildo, a expectativa é a de alcançar um aumento exponencial no período da janela partidária, que começa nesta quinta-feira, já que o partido praticamente não contava com vereadores nas últimas eleições. Trogildo afirmou que a meta é filiar pelo menos 100 vereadores até o fim do prazo, em 5 de abril.

Período não é relevante para o PSol

No caso do PSol, de acordo com o presidente estadual, Jurandir Silva, assim como para o PT, o período da janela partidária não é relevante, pois os candidatos do partido, tradicionalmente, são militantes com atuação cotidiana. Considerando candidaturas majoritárias, o PSol está analisando os cenários em torno do protagonismo ou de integrar alianças com partidos de esquerda, como ocorreu em Porto Alegre, onde pela primeira vez, desde sua fundação, o partido não terá candidatura própria. A intenção, no entanto, é ter representantes majoritários em pelo menos 50 municípios gaúchos.


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