Carris é apenas o começo de plano ousado para o transporte

Carris é apenas o começo de plano ousado para o transporte

Melo apresentou duas propostas para o futuro da empresa. O desfecho depende do mercado.

Taline Oppitz

Prefeito se reuniu com empresários, executivos e vereadores, na sede do Sindilojas

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O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), está realizando uma série de reuniões que têm como pauta a privatização da Carris, já em tramitação na Câmara, e as demais propostas referentes ao transporte coletivo, que serão enviados à Casa.

Na quarta-feira, o encontro foi com empresários, executivos e vereadores, na sede do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas). Na terça-feira, Melo conversou com representantes da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).

O emedebista defendeu a necessidade de realização de auditoria na cesta de itens que compõem a tarifa do transporte. Após o encontro, a prefeitura encaminhou à Fiergs um termo de colaboração para que a equipe técnica da entidade atue como auditora parceira que irá contribuir, de forma independente, na auditoria do cálculo apresentado pelas empresas de ônibus quanto ao reajuste da passagem. O foco serão os últimos cinco anos, marcados pela vigência dos contratos.

A tarifa técnica foi estabelecida em R$ 5,20, mas a decisão política sobre o preço cabe a Melo, que se posicionará até o dia 23. Duas planilhas são trabalhadas pela prefeitura, com valores de R$ 4,80 e de R$ 4,90.

Nesta quinta-feira, a secretária de Parcerias Estratégicas, Ana Pellini, apresentou aos demais integrantes do primeiro escalão cartilha exclusiva sobre a privatização da Carris. Segundo o prefeito, são duas as alternativas no momento, e o desfecho depende do mercado: a privatização total, ou, no caso da falta de interessados, a liquidação, por lotes ou individualmente das 21 linhas da companhia. Neste caso, os funcionários passam por um plano de demissão, o município assume as dívidas remanescentes e os bens da empresa serão vendidos.

“Entendemos que a prefeitura não deve ter uma empresa de ônibus. Sei que a oposição será forte, mas a decisão está tomada”, disse Melo à coluna. O prefeito pretende ainda contratar consultoria para realizar o planejamento do transporte urbano e contratar empresa independente para retirar da ATP a gestão da bilhetagem eletrônica. 


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