Chuvas no RS: Dimensões da tragédia exigirão união de esforços e flexibilização de leis

Chuvas no RS: Dimensões da tragédia exigirão união de esforços e flexibilização de leis

Relatos, vídeos e pedidos de socorro se acumulam

Taline Oppitz

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva durante sobrevoo em Porto Alegre

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O momento ainda exige esforço concentrado nos salvamentos de pessoas ilhadas. Os números divulgados por autoridades são preliminares. Não há, por enquanto, estatística correta para dar a dimensão da tragédia enfrentada no Rio Grande do Sul.
Relatos, vídeos e pedidos de socorro se acumulam. Os desafios são incontáveis e se estenderão por tempo indeterminado.

A certeza, no momento, é a de que estamos, o Rio Grande do Sul e o país, diante de um desafio sem proporções.

Em reunião, neste domingo, entre o presidente Lula, representantes de todos os poderes da República, o governador Eduardo Leite e demais autoridades, o tucano traçou um pouco do cenário do que está por vir, após este primeiro momento, de salvar vidas.

Os desafios logísticos, de abastecimento, para municípios que estão sem acesso, e para atender desabrigados e desalojados, são apenas parte das dificuldades. Haverá a necessidade de reconstrução de casas, vidas, estradas, serviços públicos, entre eles essenciais, como de hospitais.

Em sua manifestação, Leite destacou, na presença dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e Arthur Lira, a necessidade de flexibilização de regras fiscais.

O governador destacou que em momentos de normalidade, o Rio Grande do Sul já enfrenta restrições fiscais, e que agora a situação exige excepcionalidades. “Se o governo liberar hoje R$ 1 bilhão, R$ 10 bilhões, R$ 100 bilhões, temos limites legais de utilização. A burocracia não pode impedir os atendimentos. A máquina pública está sufocada e se não mudar, não vamos dar conta”, disse Leite.

Segundo Lira e Pacheco, a situação do Estado irá mobilizar ações e votações em Brasília na próxima semana. Lula prometeu que a buraco fiscal não afetará o auxílio ao Rio Grande do Sul. Uma das palavras mais utilizadas na reunião com autoridades da República foi união. E o Estado precisará dela. Por parte de agentes públicos e da população.

Em tempo: além das ações anunciadas por Lula, envolvendo todas as áreas do governo, o presidente tocou em um ponto decisivo: a necessidade de iniciativas no campo da prevenção. E assim deve ser, na prática. Temas ambientais normalmente ganham destaque em momentos de tragédia, mas não podem ficar restritos aos discursos. Caso contrário, a tragédia de agora, será mais uma, entre tantas que passaram e outras que certamente virão.


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