Corrida ao Piratini: os próximos passos do MDB gaúcho

Corrida ao Piratini: os próximos passos do MDB gaúcho

Revés na candidatura própria passam pelo apoio das bases partidárias

Taline Oppitz

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O dia seguinte à passagem do presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, pelo Rio Grande do Sul, foi marcado por articulações. Apesar de resistências e críticas públicas de lideranças como José Ivo Sartori e Cezar Schirmer, o caminho, definitivamente, foi alterado. A tendência atual, e que já movimenta os bastidores para se concretizar, é a de apoio ao pré-candidato do PSDB, Eduardo Leite, com Gabriel Souza na vice. “A maré veio e dificilmente retornará”, disse um líder do MDB à coluna. Os próximos passos para concretizar o revés na candidatura própria passam pelo apoio das bases partidárias.

Na próxima segunda-feira, às 18h, ocorrerá a reunião da associação de prefeitos do MDB, que deve se posicionar em favor da aliança. Depois, será a vez da associação de vereadores do partido, que devem seguir pelo mesmo caminho. Ala considerável do MDB gaúcho, após idas, vindas e impasses que marcam o cenário desde a escolha de Gabriel Souza como representante fez as contas políticas e passou a optar pelo pragmatismo.

Nacionalmente, a situação do MDB não é menos complexa. Apesar de ter lançado a senadora Simone Tebet como pré-candidata ao Palácio do Planalto, o partido não está com ela, que precisará suar para evitar surpresas na convenção. Emedebistas não escondem e falam publicamente, sem rodeios ou vergonha que partido conta com duas alas majoritárias que não irão mudar até a eleição. Uma delas apoia Jair Bolsonaro. A outra, Lula. E assim, o MDB nacional vai mantendo a prática de estar no poder independentemente do resultado das urnas. 


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