Corsan: a presidente da despedida

Corsan: a presidente da despedida

Samanta Takimi é a primeira mulher a comandar a companhia

Taline Oppitz

Transmissão de cargo da nova presidente da Corsan

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O governador Eduardo Leite (PSDB) empossou nesta terça-feira a advogada Samanta Takimi como presidente da Corsan. Samanta é a primeira mulher a comandar a companhia desde que foi fundada, há 57 anos.

A posse ocorreu um dia após o despacho da conselheira substituta Ana Cristina Moraes, relatora do caso Corsan no TCE, que deu cinco dias para que o governo e a companhia se manifestem sobre o pedido de quebra do sigilo do processo feito por deputados petistas. A principal alegação é a de que, como o leilão já ocorreu, não há motivos para manter parte das informações em segredo, pois não ocorrerão reflexos no mercado.

O fato de a transação envolver a venda de uma empresa pública que presta serviço essencial também é destacada para que os dados sejam abertos à opinião pública. Em meio às brigas jurídicas em torno da privatização da Corsan, Samanta foi nomeada para um mandato que deve se estender até janeiro de 2025.

Ela sucedeu Roberto Barbuti, que anunciou sua saída do cargo no fim de maio. Em sua primeira fala na presidência, Samanta destacou o aspecto social do sistema de saneamento e defendeu a continuidade do processo de privatização. “Com grande satisfação, assumo o desafio de seguir a transição rumo à universalização dos serviços e à finalização do procedimento de desestatização. O principal objetivo é acolher a população. Saneamento é mais que água e esgoto. É dignidade”, disse a nova presidente, que é funcionária da estatal desde 2012.

Leite reiterou os motivos que levaram à decisão de venda da companhia, que passam pelos prazos estabelecidos pelo Marco Legal do Saneamento, aprovado pelo Congresso.


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