Decisão de Lira deflagra reações à Reforma Tributária

Decisão de Lira deflagra reações à Reforma Tributária

A Frente Nacional de Prefeitos lançará campanha contrária à proposta. Para Sebastião Melo (MDB), se aprovado, o texto irá retirar a autonomia dos prefeitos

Taline Oppitz

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A decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), de suspender os trabalhos nas comissões para promover esforço concentrado em plenário, em torno da Reforma Tributária, pegou parte dos parlamentares de surpresa. Na noite de domingo, a reforma foi discutida em reunião chamada por Lira em sua residência.

Na tentativa de minimizar resistências e de conseguir os votos necessários para aprovação, Lira pediu para que os líderes discutam com suas bancadas e identifiquem os pontos que representam maior dificuldade. O movimento acendeu a luz de alerta para governadores e prefeitos, que serão diretamente atingidos pelas mudanças. A PEC da reforma precisa ser votada em dois turnos. A intenção de Lira é a de viabilizar as duas votações do texto ainda esta semana, no máximo até a próxima sexta-feira.

Assim que a decisão foi conhecida começaram os desdobramentos. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), embarcou na tarde desta segunda-feira para Brasília. Nesta terça-feira, às 17h, ocorrerá reunião com a bancada federal gaúcha para tratar da pauta. Além de Melo, outros 12 prefeitos de municípios do Rio Grande do Sul estarão presentes no encontro.

Na data, a Frente Nacional de Prefeitos irá lançar campanha, em nível nacional, alertando para os perigos de votação da Reforma Tributária sem o tempo necessário para discussões profundas sobre o tema e seus reflexos. “Como está, o texto da reforma, se for aprovado, irá retirar a autonomia de prefeitos, penalizará os mais pobres e o setor de serviços. Isso não pode ser votado a toque de caixa”, disse Melo à coluna. 


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