Desafio na luta contra a dengue é a conscientização

Desafio na luta contra a dengue é a conscientização

O aumento expressivo dos casos contrapõe a escassez de vacinas

Mauren Xavier

Vacina contra dengue, Qdenga, já está disponível. Mas há preços expressivos

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Os casos de dengue explodiram no país. O que antes era um alerta, agora é uma epidemia. São milhares de ocorrências e o número de mortos não para de subir no país. Diante da situação, as autoridades se organizam para realizar mutirões e reforçam as estruturas de saúde.

Parte da discussão tem se concentrado na vacinação, que é limitada diante da quantidade de doses disponíveis. Sim, faltou preparo do Ministério da Saúde, que talvez não tenha dado a atenção exata para o que estava por ocorrer e precisava ter se antecipado na compra da vacina. Tivemos uma experiência sobre essa corrida por doses há três anos na pandemia da Covid-19. A questão é que, enquanto não há vacina, essa luta, que, diga-se de passagem, não é recente no país, depende, essencialmente, de um fator: a conscientização da população.

A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também pode transmitir outras doenças como chikungunya. Ele se prolifera na água parada e, segundo as estimativas, 75% dos focos estão em áreas residenciais ou privadas. Então, enquanto cada um não fizer a sua parte, as ações das autoridades não surtirão o efeito necessário. Segundo os especialistas, a dengue veio para ficar, então é mais urgente do que nunca que cada um faça a sua parte e assuma a responsabilidade. Dengue é uma doença grave e que pode provocar mortes.

Em tempo: sobre isso, o boletim mais recente do Ministério da Saúde trouxe mais um alerta, o crescimento do número de casos graves mais do que triplicou na comparação com o ano passado nas cinco primeiras semanas.


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