Eduardo Leite aborda polêmicas na tribuna da Assembleia Legislativa

Eduardo Leite aborda polêmicas na tribuna da Assembleia Legislativa

Em discurso na tribuna da Assembleia, governador falou sobre os decretos que cortam incentivos fiscais e da situação da CEEE Equatorial

Taline Oppitz

Eduardo Leite durante manifestação na abertura do ano legislativo

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O governador Eduardo Leite (PSDB) aproveitou a mensagem do Executivo ao Parlamento, na abertura do ano Legislativo, para abordar, na tribuna da Assembleia, entre outros pontos, duas polêmicas que já mobilizam parlamentares neste semestre: os decretos de cortes em concessões de incentivos fiscais e a atuação da CEEE Equatorial.

Em relação aos decretos, editados no final de 2023 como alternativa à falta de apoio para a majoração da modal do ICMS, Leite afirmou que o diálogo com os setores produtivos estão correndo e serão mantidos, mas que o governo não considera a possibilidade de redução de receitas que tenham reflexos nos serviços prestados à população.

“Não consideramos e não vamos considerar uma terceira hipótese, de precarização dos serviços públicos. Vamos manter o diálogo com os setores produtivos, mas não podemos abrir mão da essência da proposta, de garantir as receitas”, destacou Leite.

A manifestação reforça a posição já defendida até aqui, de que o Executivo não irá recuar do chamado plano B, apesar das críticas e resistências inclusive de deputados de sua base aliada na Assembleia.

Nesta quarta-feira, será realizada reunião de entidades empresárias, com a presença de secretários de Estado, para debate a pauta. O tom utilizado tem sido enfático e deve se tornar ainda mais incisivo.

O governador mencionou ainda o caso CEEE Equatorial, que mobiliza parlamentares desde 16 de janeiro, quando um temporal levou gaúchos a amargarem, em alguns casos, mais de uma semana sem luz, e que colocou em xeque a capacidade da empresa, recentemente privatizada, de atender as demandas em situações extremas e também casuais. Enquanto a oposição e dissidentes de partidos da base tentam viabilizar uma CPI, que incluí o desempenho da RGE, outros aliados defendem a criação de uma comissão especial para tratar do tema.

“Quero falar também das privatizações. A CEEE havia sido considerada a pior empresa de distribuição de energia do país. As falhas do último temporal precisam ser punidas e corrigidas, mas os recursos que serão investidos, inclusive, de pagamentos de ICMS, que não ocorriam, reforçarão o caixa do Estado”, defendeu o tucano.


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