Eleições 2022: Outros temas entram na briga presidencial

A campanha pela sucessão presidencial, aos poucos, começa a avançar para temas que não haviam sido explorados até aqui, a praticamente 30 dias da data do primeiro turno, em 2 de outubro. Uma das pautas que começou a ser explorada de forma mais enfática pelos dois protagonistas da disputa, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT), é a do Auxílio Brasil. O programa foi criado para amenizar os impactos da pandemia para pessoas e setores mais atingidos financeiramente. Entre as promessas de Bolsonaro está a de manutenção dos pagamentos, caso seja reeleito, em 2023. Lula, por sua vez, promete ampliar o benefício em R$ 150,00 para crianças de até seis anos. Em caso de eventual vitória petista, o programa voltaria a se chamar Bolsa Família.

Outro tema que promete gerar embates e polêmicas envolve armamentos. Bolsonaro não apenas defende com unhas e dentes o armamento da população, mas tornou esta uma de suas principais bandeiras. Em seu governo, Bolsonaro viabilizou a facilitação para a aquisição não apenas de posse, mas do porte de armas. Lula assume o caminho totalmente oposto ao do presidente em suas defesas de campanha. Em reunião nesta terça-feira, com a participação de governadores e de ex-gestores estaduais, o petista prometeu, em caso de eleição, recriar o Ministério da Segurança Pública, “sem interferência na política do estado”. Para agentes de segurança, que também participavam do encontro, Lula defendeu ainda a retomada do Estatuto do Desarmamento.

Empresários sabatinam presidenciáveis

O presidente da Federasul, Anderson Trautman Cardoso, participou de sabatina com presidenciáveis, nesta terça-feira, em Brasília, no evento Agenda Unecs: Diálogo com candidatos à Presidência da República. Cardoso foi um dos entrevistadores representando a Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil, entidade da qual é vice-presidente e coordenador do Comitê Jurídico.

O instituto Unecs congrega cerca de 73% do PIB brasileiro. A partir de temas abordados pelas entidades, cada presidenciável teve 45 minutos para comentar temas relevantes para a economia brasileira. Participaram da sabatina os candidatos Jair Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT) e Soraya Thronicke (UB).