Bandeira histórica do PT, a democracia interna do partido, por anos alardeada por meio das prévias, há algum tempo vem sendo paulatinamente abandonada. No Rio Grande do Sul, depois de disputas internas que levaram o PT a iniciar campanhas completamente rachado, a iniciativa já não é considerada salutar.
O movimento de extinção das prévias, no entanto, ganhou novo capítulo, com a aprovação, no dia 18 de setembro, pela executiva nacional petista, em meio à polêmica e críticas, de resolução relativa à escolha dos candidatos para as eleições municipais de 2024. Segundo o texto avalizado, dois terços dos integrantes de diretórios municipais têm o poder de definir os candidatos às prefeituras, dispensando, nestes casos, a necessidade de realização de prévias. A resolução foi aprovada pela executiva por 17 votos favoráveis e 12 contrários.
“Nos municípios onde não houver consenso, o diretório municipal deliberará até 30 de novembro de 2023 sobre as candidaturas ou propostas de coligação e quando a decisão tiver o apoio de dois terços dos membros da instância, a decisão seguirá imediatamente para a homologação”, diz o ofício.
Taline Oppitz