Estragos no RS: pressão sobre a União será intensificada

Estragos no RS: pressão sobre a União será intensificada

Visando a liberação imediata de recursos, Famurs encaminhará carta com demandas ao presidente Lula

Taline Oppitz

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Uma semana após a passagem do ciclone extratropical, que deixou destruição e mortes, prefeitos gaúchos seguem mobilizados em busca de auxílios para fazer frente aos estragos. Em encontro da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), nesta sexta-feira, foi debatido a necessidade de alinhamento de estratégias dos municípios atingidos.

Um dos movimentos será encaminhar carta com as demandas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), visando a liberação imediata de recursos. O grupo de prefeitos também deve tentar articular um encontro com o petista durante sua passagem pelo Estado, prevista para a próxima sexta-feira.

A pressão sobre a União não se dá por acaso. Segundo estudo divulgado no encontro pelo presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, desde 2013, portanto, nos últimos 10 anos, desastres naturais já causaram prejuízos de cerca de R$ 79,1 bilhões no Rio Grande do Sul. No período, o governo federal liberou verbas que cobriram apenas R$ 766,84 milhões, ou seja, aproximadamente 1% do total.

O coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil e chefe da Casa Militar, coronel Luciano Boeira, destacou que até a manhã desta sexta-feira, dos 69 municípios atingidos pelo ciclone, 61 prestaram informações de danos e 57 já emitiram seus decretos de situação de emergência. O número, no entanto, deve aumentar. Na reunião, a Famurs anunciou ainda a criação de câmara temática permanente que irá acompanhar e discutir o impacto de eventos climáticos e desastres naturais nos municípios gaúchos.


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